O Imam Khomeini (K.S.)

11:14 - 2017/01/25

A história das lutas dos povos do mundo nos remete à grande representatividade que a manifestação da vontade das massas reproduz. Na história das lutas islâmicas do povo iraniano, notamos o Imam Khomeini (K.S.), um homem brilhante, que tem sido um símbolo típico de amor à liberdade e à independência contra a escravidão. Um estudo da história das lutas dos povos, poderia mostrar que foram poucos os líderes que denunciaram o colonialismo e prepararam o caminho que conduz ao encontro dos seus objetivos, através da confiança no poder do povo, inspirado também pela ideologia progressiva do Islam. Ele deu, deste modo, um ímpeto às constantes lutas contra a autocracia e o colonialismo.

O Imam Khomeini (K.S.)

Aiatolá Ruhollah Khomeini (K.S)

O Imam Khomeini (K.S.) nasceu em 1900, na cidade de Khomein no Irã, fruto da união de duas famílias sábias e de muito conhecimento.o seu nascimento, de acordo com o calendário lunar, coincidiu com o venturoso aniversário natalício de Fátima Azzahrá, a filha do profeta Mohammad (S.A.A.S.) e a mulher mais reverenciada no Islam.
 Seu pai, Ayatollah Assayed Mustafá Al-Mousawi, foi um grande sábio religioso e lutador pela causa justa. Sua mãe, a senhora Hajar era filha do Ayatollah Al-Mirza Ahmad, um membro da autoridade máxima religiosa de sua época. Estudou as ciências e o conhecimento religioso desde sua infância, sendo guiado por professores e sábios.

No que diz respeito a sua educação, foi um profundo conhecedor de todos os ramos das ciências intelectuais e tradicionais. Começou a ensinar filosofia aos 27 anos, escreveu muitos livros que tratam de diferentes assuntos religiosos. Sua influência e ensinamentos no Centro para estudos teológicos em Qom eram tão importantes que sua ida para o exílio foi um grande choque, não somente para este Centro, mas também para o Islam e para a Independência do Irã. Aos 30 anos, o Imam Khomeini (K.S.) casou-se com a filha de um clérigo muçulmano e teve dois filhos e três filhas.

Suas lutas políticas

Se estudarmos o livro “Kashf Al-Açrar”, escrito pelo Imam Khomeini (K.S.) depois do mês de setembro de 1941, equivalente ao mês de Sha-hrivar de 1320 (H.S.), saberemos da sua ideologia nas suas dimensões políticas e sociais. Ele diz no livro:
“A religião é a única coisa que pode dissuadir a humanidade da deslealdade e do crime. Infelizmente, aqueles que tomaram a direção do governo no Irã, ou têm uma fé falsa ou não têm nenhuma fé na religião. Estes demagogos que falam ardentemente em defender os interesses do país, na realidade cuidam dos seus próprios interesses. Se um candidato a membro do Parlamento gasta tanto para comprar votos, é porque espera ganhar mais quando for eleito. Depois de alguns meses no posto, um Ministro, digamos pobre, pode juntar uma grande fortuna. Estarão eles a servir o seu país com sinceridade?”

“Mudarres, fazia parte do clérigo muçulmano além de ser uma figura ilustre no Parlamento. Quando morreu, era tão pobre quanto antes. Que os seguidores de Mudarres possam liderar os poderes legislativos, executivos e judiciários, para acabar com a desgraça do país”.
Assim dizendo, o Imam Khomeini (K.S.) sabia muito bem que as três forças do país eram simples instrumentos nas mãos do regime. Em outra parte deste livro ele comenta:

“O governo que domina em oposição às leis do país e da justiça, é um grupo de demônios com trajes de polícia para assaltar mulheres inocentes e rasgar o seu véu ou dar-lhe pontapés, mesmo estando grávidas, portanto é opressivo”.
Paralelamente à sua política e as suas atividades sociais, sempre apoiou o povo muçulmano oprimido do Irã.
Liderou a conhecida rebelião de Khordad do ano 1963 em que milhares de autoridades religiosas e muçulmanas foram assassinadas e, por este motivo, foi preso pelo regime iraniano e depois foi extraditado para fora do Irã.
Foi preso diversas vezes por enfrentar os projetos dominantes e fazer oposição ao regime do Shah Mohammad Reza Pahlevi. Sua postura foi sempre firme em sua posição. Nunca se entregou e tão pouco olhou para trás fraquejando, pelo contrário sempre seguiu em frente. Foi exilado por sua feroz oposição a regime do Shah em 1964 para a Turquia. Depois se dirigiu ao Iraque aonde se instalou na cidade de Najaf por dezesseis anos, prosseguindo com sua vida religiosa e de luta.

Tinha contato com pessoas, estudantes, sábios e grandes líderes religiosos, respeitando todos e reconhecendo cada um por si. Respeitava e mantinha contato até com as pessoas que eram contra as suas ideologias. Este atributo continuou nele até o último minuto de sua vida.
Retornou ao Irã em 1979, foi recebido por milhões de iranianos que o considerava como líder e guia da Revolução vitoriosa Islâmica e lá fundou a República Islâmica. Depois da Revolução, confirmou para o mundo que ele não era apenas o homem da Revolução, mas também o homem do Governo.

O mundo, os muçulmanos, os oprimidos e os pobres perderam um grande líder poucas vezes testemunhado pela história. Em 13 de Khordad de 1368 (H.S.) que coincide com 28 de Shawal do ano 1409 Hejríta, o equivalente à 03 de junho de 1989, milhões disseram “Adeus” com tristeza e muita dor no coração a este grande líder que ficou exposto ao público por três dias. Milhões de pessoas de diferentes classes como: sábios, religiosos, estudantes, trabalhadores, políticos, diplomatas, mulheres, homens, crianças e idosos foram dar seu adeus ao líder. Por luto, todo o Irã se vestiu de preto e todos os olhos estavam cheios de lágrimas por seu falecimento. Isto por ele ser um homem verdadeiro com Deus e com sua causa. Um homem que era digno de seu povo sem hipocrisia alguma devido ao fato de ser verdadeiro com si mesmo. Ele representava uma revolução verdadeira e corajosa na palavra divina.

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