A importância científica da carne Halal

20:49 - 2021/06/07

Dentre os diversos estudos científicos relacionados aos benefícios do consumo e uso da carne Halal, encontramos esta interessante descoberta feita pela equipe de pesquisa, à qual pertence à Dra. Leila Shahrestani.

Leila Shahrestani é microbiologista com bacharelado e mestrado em Biologia pela California State University, Fullerton e Microbiologia pela California State Polytechnic University. Durante sua pesquisa acadêmica, ele se deparou com um tema interdisciplinar entre Microbiologia e Ciências Islâmicas.

Ela diz que “meu tema de pesquisa microbiológica foi sobre a lactoferrina”. A lactoferrina é uma molécula de uma proteína que existe no sangue, assim como no colostro do leite materno em quantidade significativa. Essa molécula tem uma característica de antimicrobiano e inibe as atividades de vários micróbios A lactoferrina atua absorvendo e captando o ferro, de modo que os micróbios presentes não podem crescer ou ser capazes de gerar o microfilme microbiano.

A história da pesquisa que produziu esse achado é a seguinte:

Num dos restaurantes nos Estados Unidos chamado "Jack in the Box", alguns clientes morreram de disenteria. Após a investigação, verificou-se que a crise médica que levou à morte de pessoas teve como origem bactérias especiais existentes em diferentes partes do sistema digestivo dos humanos, como intestino, cólon, etc., no entanto, quando essas bactérias entram no corpo humano pelo lado de fora, causam a infecção conhecida como “disenteria”, doença capaz de causar a morte.

Nesse restaurante eles descobriram que resíduos de excrementos, sob as unhas de um dos indivíduos que trabalham na cozinha, eram transferidos para a carne utilizada na alimentação, o que causava disenteria e, posteriormente, a morte dos clientes do restaurante.

Após este evento, a empresa fornecedora de carnes para o restaurante decidiu fazer um projeto para aumentar a atividade da lactoferrina na carne, de forma a evitar a penetração e o crescimento de micróbios na mesma, de forma a prevenir um novo desastre. O valor do projeto foi de 15 milhões de dólares e 6 pessoas trabalharam nele.
Infelizmente, a taxa de penetração da lactoferrina na carne usada para a experimentação foi muito flexível e a obtenção de um composto único capaz de aumentar a taxa de proteção antibacteriana não foi possível.
Os pesquisadores ativaram a lactoferrina em laboratório usando um tampão especial com um pH específico. Durante os experimentos, nas carnes utilizadas, o efeito da lactoferrina não teve um resultado constante, algumas vezes tiveram sucesso em matar a bactéria e outras vezes não.
“Um dia me atrasei para ir ao laboratório e tive que trazer de casa um pedaço de carne do que os muçulmanos chamam de 'HALAL', disse ele. Depois de experimentar essa carne, encontrei, incrivelmente, resultados totalmente diferentes.“ HALAL “Carnes Descobri que as bactérias não conseguem penetrar nas células e tecidos ou a penetração era muito baixa em comparação com o que acontece em outras carnes normais, também ao lavá-la não foi possível encontrar bactérias em sua superfície.
Para controlar os experimentos, foi utilizada água, uma vez que não atinge a carne e apenas remove as bactérias da superfície da carne.

“Descobri que as bactérias não podem penetrar, ou se estiverem presentes, uma vez que eles só se mantêm sobre a superfície da carne, que podem ser limpos de uma lavagem simples com água,” ele adicionado.
O chefe da equipe de pesquisa. Dr. Nern Naidi, da Índia, foi questionado sobre os resultados obtidos com a carne Halal islâmica. Foi perguntado a ele: “O que havia acontecido no laboratório, visto que havia resultados diferentes?” A resposta foi simples “:” a carne utilizada no último teste era de outra procedência. Era um pedaço de carne Halal”, mencionou que a carne dessa classe, a carne” HALAL”, não causa doença, ao contrário do que acontece com a carne “NÃO HALAL”, ou seja, diferente da carne obtida por meio de “MATANÇA NÃO ISLÂMICA”.
A explicação para esta diferença é a existência de lactoferrina na carne “HALAL”; mas o que a lactoferrina faz na carne “HALAL”? A lactoferrina absorve o ferro e, quando não há ferro, a bactéria da disenteria não pode crescer. Quando animais (aqueles que o Islã permite comer, como vaca, ovelha, galinha, camelo, etc.) são abatidos de acordo com as regras islâmicas, a artéria principal é cortada sem tocar a medula espinhal. Quando apenas uma artéria é cortada e a medula espinhal é deixada intacta, suas funções ainda estão presentes e assim o coração continua bombeando sangue para o corpo do animal, para o cérebro, de forma que através da artéria seccionada todo o sangue é esvaziado do corpo do animal. Uma vez que o sangue é a principal fonte de ferro no corpo, graças aos seus glóbulos vermelhos, ao deixar o corpo, a carne e as células são privadas de ferro, e, porque as bactérias precisam de ferro para viver, não podem penetrar na carne, para remover aqueles que existem na superfície da carne, basta lavar com água. Assim, como a carne “HALAL ISLÁMICA” não contém sangue, E CONSIDERANDO QUE NÃO TEM FERRO, as bactérias não podem afetá-la, resultando em um produto carne mais saudável e apetitoso.
Além disso, o Islã diz que o sangue humano é impuro e deve ser lavado do corpo e das roupas, pois, pode causar várias doenças. Quando há sangue fora do corpo, o ferro nele contido favorece o crescimento de bactérias que causam diversas doenças e infecções. É por isso que quando há ferimentos no corpo de humanos e animais, se não forem tratados para desinfecção com materiais como o álcool, irão ocorrer infecções contagiosas que depois de um tempo causarão sérios problemas para o corpo.
Na verdade, o chefe da equipe de pesquisa e seus colegas encontraram um composto bactericida: a LACTOFERRINA, com a qual era possível a prevenção de doenças bacterianas como a disenteria, mas, além disso, descobriram que a solução ideal na prevenção de todas essas doenças era muito simples:

O SACRIFÍCIO DOS ANIMAIS ANTES DO CONSUMO DE SUA CARNE, PELAS NORMAS ISLÂMICAS, OU MAR PELAS NORMAS “HALAL”.
Atualmente, pesquisadores de microbiologia continuam seu trabalho com o objetivo de que, ao publicar esses resultados, todas as pessoas no mundo possam ter uma vida mais saudável e higiênica.
E em relação ao assunto, recomenda-se aos nossos usuários que o reconhecimento legal e moral das empresas ou instituições que certificam a qualidade do Halal em produtos de consumo seja sempre muito importante, para evitar enganos por parte de setores inescrupulosos.

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