As religiões celestiais e os princípios gerais em comum

23:02 - 2021/06/14

Entre os estudiosos especializados em história das religiões, sociólogos e antropólogos, há divergências quanto ao modo como surgiram as várias religiões divinas.

Com base nas fontes islâmicas, deve-se dizer que a história do surgimento da religião começa com o surgimento do homem. O primeiro homem foi Àdão (A paz esteja com ele), Profeta de Deus, proclamador do monoteísmo e adoração do Deus Único.

Todas as religiões idólatras surgiram de desvios (da religião verdadeira), isto devido as diferenças de gostos , objetivos e ambições pessoais ou de algus grupos Religiósos monoteístas.

As religiões que são de origem divina e verdadeiras,apresentam  três principais princípios gerais em comum:
 1) A crença em um Deus único
2) A crença em uma existência eterna para cada homem na vida após a morte, onde receberá a recompensa ou punição pelas ações que fez neste mundo
 3) A crença no envio de Profetas pelo Deus Altíssimo, para guiar a humanidade para a perfeição completa e felicidade em ambos os mundos.

Esses três princípios são na verdade, uma resposta às perguntas mais fundamentais que surgem na mente de todo homem consciente:Qual é o propósito da existência? Qual é o fim da vida? Qual é a forma de conhecer o melhor programa de vida?
O programa conhecido através do caminho garantido pela revelação, é o da ideologia religiosa que se baseia e deriva da cosmovisão divina.
A crença nesses princípios básicos carrega consigo uma série de implicações e consequências necessárias que, geralmente constituem o sistema de crenças religiosas.
E é nessas implicações e consequências que surgem as discrepâncias, motivando o surgimento de diferentes religiões e seitas. Por exemplo, a discrepância na aceitação ou rejeição da função profética de alguns dos enviados divinos, e a aceitação ou não, da autenticidade de um livro revelado, é o principal fator na disputa entre as religiões judaica, cristã e islâmica .

Essas diferenças, por sua vez, levaram a outras discrepâncias nas práticas e crenças religiosas onde algumas das quais estão em desacordo com os próprios fundamentos da crença. Asssim como Podemos ver entre os cristãos, na sua crença pela trindade, o que contradiz o monoteísmo, embora seus teólogos tentem apresentar uma justificativa para tal.

E se regressar-mos um pouco para a história do islã, constataremos que a discrepância na forma de determinar a sucessão do Profeta é um fator principal que dita a diferença entre xiitas e sunitas no Islã.
Enquanto que os xiitas sustentam que a sucessão (Califado) deve ser determinada por Deus através de um texto deixado pelo próprio proféta de Deus e os Sunitas consideram que esta determinação é feita pelo povo através do conselho entre os companheiros (Shura).
De uma forma resumida, o Monoteísmo, a Profecia e a Ressurreição constituem as principais bases da crença e da doutrina em todas as religiões celestiais, podemos até considerar como sendo parte das crenças básicas.

 Aqueles outros princípios que emergem de uma análise psicológica, como por exemplo, a crença na existência de Deus, pode ser uma base e a doutrina e a fé em Sua Unidade, uma segunda parte dessa mesma crença.

Também podemos considerar a profecia do Profeta Muhammad (S.A.A.S), que é o Selo dos Profetas, como parte da crença básica comum para todas as religiões celestiais. É por isso que faz parte dos pilares básicos das crenças do Islã. Por esta razão, vários sábios da escola xiita consideraram a Justiça divina, que é uma das derivações (ramos) do Monoteísmo, como um princípio independente.

Eles também consideraram a liderança política-religiosa (Imamate), como sendo  um dos ramos (ou derivações) da profecia, como um outro princípio separado. Na verdade, usar a denominação de fundamento ou princípio para essas outras crenças não dá origem a qualquer disputa ou discussão, uma vez que são termos específicos acordados pelos sábios.

Portanto, a palavra fundamento (ou princípio) da religião pode ser usada em dois sentidos: Sentido geral e específico.

Sendo que o sentido geral é usado para designar os ramos da religião e seus mandamentos, e abrangem todas as crenças reconhecidas.
enquanto que o sentido específico, por outro lado, é usado para significar os princípios mais fundamentais de uma crença particular.

Além disso, podemos chamar essa designação específica de crenças comuns para todas as religiões divinas. Como por exemplo, os três principais fundamentos ;o Monoteísmo, a Profecia e a Ressurreição, Se outras bases ou princípios forem adicionados, eles não serão se não aqueles específicos correspondentes a cada religião em particular.

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