A criação do ser humano, Uma Graça Divina

09:32 - 2021/07/03

O homem necessita de alguém que o ajude a encontrar esse caminho para a prosperidade e para a retidão, sobretudo quando as suas emoções o enganam, fazendo as más ações passar por boas e vice-versa. E ele deixa de conseguir distinguir entre o que é certo e errado. Todos nós já sucumbimos nesta batalha, consciente ou inconscientemente, à exceção do homem que é guiado por Deus.

O homem é, por natureza, uma criatura habituada a novos desafos, um ser complexo, na alma e no intelecto. Cada um de nós nasce com esta complexidade de caráter, onde há ensejos para o bem e para o mal. Fomos criados com a capacidade de sentir emoções e instintos, como a auto-estima, o desejo e o orgulho; o homem obedece ao chamado destes desejos, tem uma tendência natural para se sentir superior aos outros, de possuir e de se apropriar de coisas que não lhe pertencem. Ele persegue ardentemente os ornamentos e os bens materiais deste mundo. Deus diz no Alcorão:
“Que o homem está na perdição...” (C.103 – V.2) “Qual! Em verdade, o homem transgride, Quando se vê rico. Sabe (ó Mensageiro) que o retorno de tudo será para o teu Senhor”. (C.96 – V.6 e 7) “... porquanto o ser é propenso ao mal ... ”. (C.12 – V.53)
Muitos outros versículos se debruçam sobre a natureza da alma humana e os desejos a que esta se submete. Por outro lado, Deus concedeu-nos a inteligência e a capacidade de discernimento, para que sejamos guiados para a senda da retidão, em nosso próprio benefício. Também nos concedeu uma consciência que nos impede de praticar o mal ou de oprimir outrem, que nos faz se arrepender quando pecamos.
Há, na alma humana, uma luta permanente entre a tentação do desejo e os ditames da inteligência. Aquele que deixar que a sua inteligência se sobreponha aos desejos obterá uma posição mais elevada entre os homens e uma espiritualidade mais perfeita. O homem que se deixa dominar pelas suas paixões caminha no sentido inverso e em pouco se distingue dos animais.
Mas a tentação do desejo sempre foi maior do que o apelo da inteligência, e
é por isso que muitos de nós nos afastamos do caminho da retidão, respondendo
ao apelo das paixões. Lê-se no Alcorão: “Porém, a maioria dos humanos, por mais que anseies, jamais crerá”.(C.12 – V.103)
O homem é, também, um ser relutante e desconhecedor dos mistérios do mundo que o rodeia, e se ele conhece tão mal o seu próprio ser, como saberá distinguir entre aquilo que o fará feliz ou infeliz? A cada vez que ele faz uma grande descoberta, mais se apercebe da sua própria ignorância. Vem daí a sua permanente necessidade de ter alguém que lhe indique o caminho correto a seguir e lhe ensine dominar as suas paixões.
O homem necessita de alguém que o ajude a encontrar esse caminho para a prosperidade e para a retidão, sobretudo quando as suas emoções o enganam, fazendo as más ações passar por boas e vice-versa. E ele deixa de conseguir distinguir entre o que é certo e errado. Todos nós já sucumbimos nesta batalha, consciente ou inconscientemente, à exceção do homem que é guiado por Deus. Se já é tão difícil para um homem culto e civilizado alcançar essa sabedoria e prosperidade, tanto mais é para um homem ignorante e sem estudos.

Mesmo quando os homens se auxiliam e tentam chegar a um acordo, difcilmente conseguem compreender o que é útil ou prejudicial para a sociedade. Assim, Deus tenta guiá-los através da sua Graça e Misericórdia, enviando-lhes um mensageiro. Pode se ler no Alcorão: “Ele foi Quem escolheu, entre os iletrados, um Mensageiro da sua estirpe, para ditar-lhes os Seus versículos, consagrá-los e ensinar-lhes o Livro e a sabedoria, porque antes estavam em evidente erro.” (C.62 – V.2)
Conceder-nos esta graça é inerente ao caráter de Deus, um sinal da sua Perfeição, da sua Bondade e generosidade para com os homens. Quando um homem se torna merecedor da sua Graça e Misericórdia, estas lhe são concedidas, porque é essa a natureza de Deus. Este é um dos seus atributos.

As Crenças Islâmicas de Acordo com a escola Xiita Imamiyah Ithna Ashariyah
 

Deus concedeu-nos a inteligência e a capacidade de discernimento, para que sejamos guiados para a senda da retidão, em nosso próprio benefício. Também nos concedeu uma consciência que nos impede de praticar o mal ou de oprimir outrem, que nos faz se arrepender quando pecamos.

 

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