Uma carta nunca escrita  III Os últimos dias da vida do Profeta Mhammad

11:08 - 2021/10/13

O Santo Profeta (S.A.A.S.) sabia as atividades que aconteciam fora de sua casa e cujo propósito era tomar o califado. Para evitar esse desvio, ele decidiu consolidar a ordem de sucessão no Príncipe dos crentes e seus descendentes, deixando um documento escrito. Portanto, um dia, quando os discípulos o visitaram, meditou um pouco e então disse-lhes: “Dê-me uma pluma e papel para escrever algo do qual vocês nunca se desviarão.”

Imamato

 

O OBJETIVO DA CARTA DO PROFETA (S.A.A.S)

Dissemos que, em seu leito de doente, o Profeta (S.A.A.S) pediu a seus companheiros presentes que lhe dessem uma pluma e papel para escrever algo pelo qual nunca se perderiam. Então, as discrepâncias entre os presentes fizeram Muhammad desistir de seu propósito. Se nos perguntarmos a que se referia a carta que o Enviado de Deus queria escrever, a resposta é clara, pois, prestando atenção ao que dissemos no início deste capítulo, podemos deduzir que sua intenção não era outra senão confirmar e fortalecer a designação do Comandante dos crentes como seu sucessor. Afirmamos isso deduzindo-o da tradição de Al-Siqlain (às duas joias, tesouros ou valores), que é transmitida e confirmada como verdadeira pelos narradores (muhaddizún) das duas escolas islâmicas. Sabemos que o Profeta disse em seu leito de doente (eles não serão enganados”, e também sabemos que a declaração de Al-Siqlain usa a mesma expressão que significa“ eles não serão enganados”. Aqui está o ditado : “Certamente deixo entre vocês duas joias (Saqlain) que, se você as seguir, elas nunca se perderão. Eles são o Livro de Deus e meus descendentes”. Não é evidente, ao comparar a semelhança de ambos os ditos, que a intenção do Profeta era colocar a declaração de Saqlain por escrito, ou mais precisamente reafirmar por escrito a primazia e sucessão de seu sucessor imediato, que já havia sido designado em Gadir Jum, lugar em que os peregrinos se separam para ir às suas respectivas regiões?
Por outro lado, a forte oposição dele (Umar) que, sem demora após a morte do Profeta, dirigiu-se ao conselho do califado reunido na Saqifa de Banu Sa'd, e nomeou seu velho amigo (Abu Bakr) lá, quem na hora da morte pagaria a recompensa por seu serviço em dinheiro (nomeando-o seu sucessor), portanto, contrário a todos os princípios islâmicos, é outra prova que indica que o Profeta queria ditar algo a respeito do califado e do governo dos muçulmanos.
Foi por isso que Umar se opôs intensamente a facilitar o que ele pedia. Se não fosse pelo que mencionamos antes, ele não teria motivo para impedir o Profeta de escrever sua carta.

Por que o Enviado de Deus não insistiu em chegar a esse escrito?
Porque o Profeta (S.A.A.S) se absteve de realizar sua intenção apenas por causa da oposição de alguns companheiros? A resposta é óbvia: se ele insistisse, continuariam a desrespeitá-lo e seus aliados divulgariam o que estava acontecendo. Nesse caso, além de ampliar a falta de respeito pelo Profeta (S.A.A.S), a carta perderia seu efeito. Portanto, quando alguns outros discípulos, de modo a compensar seu mau comportamento, disseram-lhe que se ele desejasse que eles lhe dessem papel e pluma, ele ficou furioso e disse: “Depois de tantas discussões, você quer me trazer uma pluma e papel? A única coisa que recomendo é que você seja gentil com a minha família”. Então ele desviou o rosto dos presentes. Todos, exceto Ali, Abbas e Fadl, retiraram-se.

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