A celebração do nascimento do Enviado de Deus, um dever ético e religioso1

11:11 - 2021/11/01

Os muçulmanos, a comunidade de Muhammad (S.A.A.S) sempre sentiram um intenso vínculo emocional e uma atração inevitável pela figura e personalidade do Profeta do Islã, Muhammad ibn Abdillah, que as bênçãos de Deus estejam com ele e sua Família Purificada.
E esses sentimentos geraram uma infinidade de manifestações de reconhecimento de uma forma linda, louvores, lindas caligrafias com seu bendito nome que enfeitam mesquitas e casas de muçulmanos, símbolos de amor e também comemorando coletivamente o aniversário de seu nascimento.

 

O amor nasce do reconhecimento e é sem dúvida o sentimento humano primordial, o primeiro a ser gestado internamente e projetado para os outros, o sorriso que o recém-nascido mostra ao receber a atenção da mãe é uma prova inquestionável disso e à medida que cresce, O ser humano desenvolve naturalmente esse sentimento de amor, por seus pais, seus parentes e seu ambiente, como uma resposta automática à gentileza e tratamento gentil que recebe. Afirmamos então que o elemento principal do surgimento do amor em nossos corações são o reconhecimento e a gratidão.
O amor é parte inerente da natureza humana (fitra). O homem ama seus pais, seus irmãos e seus semelhantes, ama a Deus por ser a fonte de sua criação e ama os Profetas por serem os guias e referentes que com seus esforços libertam os homens das trevas da ignorância e os conduziu à luz da fé e da certeza. “Por um Mensageiro, que vos recita os lúcidos versículos de Deus, para tirar os que crêem e praticam o bem, das trevas, para os levar à luz”.[1]
O Profeta Mohammad (S.A.A.S) é o professor de sua comunidade, o exemplo supremo de plenitude humana, o guia e referência ética para todo muçulmano que aspira a alcançar o caminho que conduz a Deus. “Realmente, tendes no Mensageiro de Deus um excelente exemplo para aqueles que esperam contemplar Deus, deparar-se com o Dia do Juízo Final, e invocam Deus freqüentemente”.[2]
Como, então, aqueles de nós que reconhecem com nosso testemunho de fé pertencer à nação de Muhammad (S.A.A.S) negar ou esconder o amor e apreço que sentimos por ele?
Infelizmente, desde os primeiros dias do Islã, havia correntes maniqueístas que por ignorância, fechamento, mas acima de tudo deficiência emocional e dureza de coração, afirmavam que o amor do Profeta poderia se transformar em uma espécie de idolatria que separaria a Comunidade de verdadeiro monoteísmo, cujas ideias tiveram continuidade em correntes contemporâneas como o salafismo e o wahhabismo. Os que defendem estes postulados mostram sua confusão e limitação, pensam que os únicos mandamentos divinos que dizem respeito ao ser humano são os atos devocionais (ibadat) que são aqueles que relacionam o crente com o Deus Altíssimo e omitem ou não consideram o resto da Lei divina, essas correntes interpretativas caracterizadas pela superficialidade e literalismo ignoram que a Lei divina, perfeita, eterna e integral, regula todas as situações, necessidades e relações do homem com Deus, consigo mesmo, com seu irmão crente, com a sociedade e com O resto da criação não parece compreender que a observância de atos devocionais, oração, jejum, etc., embora importantes por regularem o vínculo entre o homem e seu Criador, são distorcidos se o crente não for aplicado com igual ênfase em buscando atingir a perfeição ética ou moral, observando o cumprimento dos mandatos éticos ou morais, visto que esses mandatos são o pilar essencial para constituir uma comunidade enraizada em valores verdadeiramente humanos, o fundamento sobre o qual o Islã se baseia ideologicamente, conforme refletido nas palavras do Enviado de Deus (S.A.A.S) sobre moral, ética e caráter: “Certamente fui enviado para aperfeiçoar a nobreza de caráter (ou ética)”. Esses mandatos são expressamente citados ou são deduzidos de uma conduta censurada, a título de exemplo, podemos encontrar o mandato expresso para honrar nossos pais ou evitar mentiras e hipocrisia do que deduziríamos que devemos ser verdadeiros e sinceros.
Pois, bem! Entre esses mandatos éticos estão a gratidão, a tal ponto que com a paciência tem sido considerada metade da fé, quem não é paciente ou grato não acredita e a necessidade de agradecer é um tema recorrente no sagrado Alcorão: “Recordai-vos de Mim, que Eu Me recordarei de vós. Agradecei-Me e não Me sejais ingratos! “.[3]”Quão pouco são os agradecidos, entre os Meus servos!”[4] Se Me agradecerdes, multiplicar-vos-ei;”[5]

 

[1] Alcorão sagrado. C.65, V.11.

[2] Alcorão sagrado. C.33, V.21.

[3] Alcorão sagrado. C.2, V.152.

[4] Alcorão sagrado. C.34, V.13.

[5] Alcorão sagrado. C.14, V.7.

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