Sem dúvida que o caso de José era conhecido pelas pessoas antes do Islã, porque é citado no capítulo 14 e entre os capítulos 37 e 50 do Gênesis, detalhadamente.
Na realidade, o exame minucioso dos versículos mostra a extensão da divergência entre o texto do Alcorão e da Torá
O Profeta José (a.s.) no Alcorão e na Torá
3- Sem dúvida que o caso de José era conhecido pelas pessoas antes do Islã, porque é citado no capítulo 14 e entre os capítulos 37 e 50 do Gênesis, detalhadamente.
Na realidade, o exame minucioso dos versículos mostra a extensão da divergência entre o texto do Alcorão e da Torá.
Ao compararmos ambos, verificamos que a narrativa do Alcorão é totalmente correta e desprovida de extrava gância. Na Torá, quando Jacó (a.s.) viu a túnica de José ensanguentada, disse: “É a túnica de meu filho; uma fera o comeu; certamente O Profeta José foi despedaçado. Então Jacó rasgou as suas vestes, pôs saco sobre os seus lombos e lamentou a seu filho muitos dias.
E levantaramse todos os seus filhos e todas as suas filhas, para o consolarem; recusou porém ser consolado, e disse: Porquanto com choro hei de descer ao meu filho até à sepultura”.[1]
No Alcorão, porém, Jacó (a.s.) não acreditou no que seus filhos disseram, não ficou com medo nem desesperado pelo que aconteceu ao filho José (a.s.). Ele reagiu como reagem os
profetas, com paciência e confiança em Deus.
Disse aos filhos: “Então lhe mostraram sua túnica falsamente ensanguentada; porém, Jacó lhes disse: Qual! Vós mesmos tramastes cometer semelhante crime! Porém, resignar-meei pacientemente, pois Deus me confortará em relação ao que me anunciais[2].” Apesar de estar com o coração ardente de aflição por causa do filho, Jacó, como o Alcorão expressa, nada fez quanto a rasgar roupas e chorar, não amarrou saco nenhum sobre as costas, que era sinal de desgraça, mas disse: “resignar-me-ei”, dissimulando a sua tristeza. De qualquer forma, essa narrativa – depois do Islã - foi transmitida por escritores orientais e ocidentais, e algumas vezes com alguns acréscimos.
Revista Islâmica Evidências
[1] . Gênesis, 37:33-35
[2] . Alcorão, 12:18