A busca de Deus é a busca da essência

18:00 - 2022/01/10

A faculdade humana a respeito da certeza inata sobre alguns axiomas é correspondente ao instinto no animal. O instinto, despojado das limitações de sua origem, pode penetrar as barreiras do sentido e investigar o infinitésimo e o infinito, o desconhecido e o invisível. Esta consciência dos axiomas é semelhante ao sentido de ordem da natureza e oposta às divergências humanas, sempre e quando permaneça livre das afetações frívolas expostas por ‘filósofos’ ou ‘pesquisadores’ presunçosos. A aceitação dos axiomas deve guiar a razão e descartar cada consideração material, deve aderir-se à verdade, ao absoluto e ao real.

A busca de Deus é a busca da essência

A busca de Deus é a busca da essência

O homem nasce com um número de suposições axiomáticas. São instintivas. Não surgiram por uma instrução externa, mesmo que esta possa ter sido incrementada mais tarde. Isto é verdade tanto para pessoas instruídas como para as não instruídas. Por exemplo, o axioma, “a totalidade é maior que a parte”, não requer uma instrução particular para esclarecê-la. A erudição, a ciência e a filosofia são resultados secundários da aplicação deste e de outros axiomas similares.

Quando o homem esquece suas pré-cognições axiomáticas, começa a duvidar das verdades básicas. Algumas escolas filosóficas negam o sentido inato da fé. A fé em Deus é um dos sentidos inatos no homem. Isto é compreensível se uma pessoa esvazia a mente de todos os preconceitos religiosos e antirreligiosos e logo abre os olhos para contemplar o universo da criação.

Ele se encontra de repente contido dentro de uma esfera de seres em movimento. Começou de bom ou mal grado desde um ponto que não escolheu, e se move de bem ou mal grado para o destino que tampouco escolheu. Sem sua própria permissão ou compreensão, forma uma parte da ordem universal de uma procissão de entidades. A observação o leva a deduzir da multiplicidade uma conexão entre a ordem do universo e ele mesmo. Sente que atrás do mundo da existência, reina ali um poder invisível que controla o curso do curso de todas as entidades de acordo com uma vontade, com ordem e precisão. Ele mesmo, uma partícula11 infinitésima na vasta multiplicidade, possui conhecimento, poder e vontade. Daí, então, deduz que um conhecimento, um poder e uma vontade – ainda que de uma dimensão diferente e invisível em sua totalidade – faz, preserva, rompe e finalmente muda cada ser vivente sem permissão ou acordo.

O fato de que este seja um axioma inato da mente, se confirma através da observação do homem que nada se cria sem um criador, nada se faz sem alguém que faça. Até mesmo um recém nascido, fresco da matriz, que nunca antes ouviu um som ou viu um movimento, instintivamente se volta para a fonte do som ou do movimento. Da mesma forma, o viver diário e a ciência experimental supõem que existe uma causa para cada efeito observado.

O princípio de causalidade não admite nenhuma exceção. Todas as ciências – Geologia, Física, Química, Genética, Economia e as demais –observam fenômenos a fim de determinar suas causas, fatores operativos, interrelações e interações. Da mesma forma que a Matemática, a mais exata de todas as ciências, formula teoremas, alega sua prova e tira as consequências sob a forma de equações, interrelações, regras, diferenciais e integrais. Um pesquisador que arbitrariamente muda o sinal mais por menos numa equação, introduz um número intruso, confirma sua incompetência e ignorância. Na realidade, todo o progresso humano se deveu à pesquisa de causas ocultas, de efeitos observados e à adaptação dessas leis naturais para uso do homem.

Se pudéssemos encontrar uma instância na natureza de criação espontânea, teríamos então o direito de estabelecer uma hipótese sobre a possibilidade de um fenômeno similar em outros campos. Entretanto a lei sustenta e a ciência experimental comprova que “nunca se destrói a matéria ou energia; nenhuma matéria ou energia nova emerge”. Damos-nos conta de que na realidade nenhum registro autônomo contrário às leis da natureza12 é possível para qualquer material ou elemento natural. Todos os nossos experimentos, nossas percepções e inferências fortalecem a conclusão de que não existe efeito sem causa. Portanto é evidente que qualquer um que pensa de outra maneira, confunde leis científicas, princípios primários, deduções feitas pela razão e ordens do Criador.

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