O Alcorão desafia com clareza e força, toda a humanidade. Essa clareza e força são, portanto, uma indicação viva de sua legitimidade. Ele não se contenta a convocar as pessoas a compor algo semelhante a ele, mas as estimula e as incentiva a tentar.
O Alcorão desafia a humanidade em várias suratas, entre as quais, citamos:
a) “Dize-lhes: Mesmo que os humanos e os gênios se tivessem reunido para produzir coisa similar a este Alcorão, jamais teriam feito algo semelhante, ainda que se ajudassem mutuamente.” (17:88).
b) “ou dizem: Ele o forjou! Dize: Pois bem, a presentai dez suratas foradas , semelhantes às dele, e pedi (auxílio), para tanto, a quem possais, em vez de Deus, se estiverdes certos. Porém, se não fordes atendidos, sabei, então, que este (Alcorão) foi revelado com a anuência de Deus.” (11:13-14).
c) “Dizem: Ele o forjou! Dize: Componde, pois, uma Surata semelhante às dele; e podeis recorrer, para isso, a quem quiserdes, em vez de Deus, se estiverdes certos.” (10:38).
d) Os versículos 23 e 24 da Surata Al Báqara, dos quais tratamos desde o início deste em nosso artigo. O Alcorão desafia com clareza e força, nesses versículos, toda a humanidade. Essa clareza e força são, portanto, uma indicação viva de sua legitimidade. Ele não se contenta a convocar as pessoas a compor algo semelhante a ele, mas as estimula e as incentiva a tentar.
Nos textos de incentivo vemos, nas palavras de Deus, o Altíssimo: “Se estiverdes certos ... apresentai dez suratas forjadas, semelhantes às dele... Componde, pois, uma Surata semelhante às dele; e podeis recorrer, para isso, a quem quiserdes, em vez de Deus ... DIze -lhes : Mesmo que os humanos e os gênios se tivessem reunido para produzirem coisa similar a este Alcorão, jamais teriam feito algo semelhante... Porém, se não o fizerdes – e certamente não podereis fazê-lo –, temei, então, o fogo infernal cujo combustível serão os homens e as pedras.”
O desafio é admirável e a afirmação da incapacidade de consegui-lo é mais admirável ainda. Se houvesse potencialidade para desmenti-lo, seus detratores ou os que duvidam não perderiam um só instante. Sem dúvida que a decretação do Alcorão Sagrado de que eles não conseguirão seu intento afirma por si só um milagre incontestável.
Esse estímulo, incentivo e comunicação não aconteceu dentro do círculo ético ou ideológico, mas no círculo de uma batalha política, econômica e social, dentro de um círculo de batalha de vida ou morte, vinculada, com o seu destino, à existência desse novo fenômeno.
A incapacidade dos opositores perante esse gritante desafio vital mostra, de forma mais clara, a extensão do milagre corânico. É preciso citar que o desafio do Alcorão não está restrito a um tempo ou lugar, mas continua até hoje. Os sábios estão em desacordo quanto à forma do milagre e o seu segredo. Será o estilo, a beleza e a excelência, ou o conteúdo, o que abrange de ciência, regras legais, notícias do desconhecido e coisa similar, ou tudo isso junto?
Muito se falou a respeito. Não desejo me prolongar mencionando tudo o que se disse. Atenho-me ao que vejo quanto ao milagre. Resume-se em que o homem consegue imitar e provocar uma pessoa igual a ele mesmo, com palavras ou atos, com fingimento ou dissimulação, levando-se em consideração que cada ato de contestação do outro surge da mente e da imaginação. Porém, imitar ou provocar seu Criador em um de seus sinais é impossível, porque o A clareza e força do Livro Lúcido são, portanto, uma indicação viva de sua legitimidade.
12 - Nos não consegue ultrapassar seus limites como criatura, não importa a força e a grandeza que alcance na vida. Chamamos a atenção para o fato de que o desafio só pode se realizado se o ato for do tipo que o desafiado pode realizar, como quando se pede para colocar a mão sã na cabeça, ou erguer uma pena do chão.
Porém, se se pedir ao analfabeto ler, ou a quem não for médico curar um doente, ou a um iletrado criar versos, não se consegue realizar nenhum desafio. O Profeta Mohammad (S.A.A.S) desafiou os teimosos com algo que eles tinham capacidade de utilizar: a palavra, e foram incapazes de fazê-lo. Essa sua incapacidade, conferiram ao Alcorão a característica de um milagre.