A republica islâmica do Irã

16:30 - 2022/02/02

Através de sua Revolução, o Ayatollah Khomeini se dirigiu a todos os povos do mundo, convidando cada um deles a unirem forças na batalha derradeira liderada pela República iraniana contra a hegemonia ocidental, o capitalismo, o liberalismo, a secularização e a degeneração da sociedade, visando recuperar a justiça e libertar todos os oprimidos do mundo. O chamado ao retorno às raízes sagradas islâmicas não se limita, logo, ao mundo muçulmano.

O fundador do Irã atual, o Ayatollah Khomeini, pai da Revolução Islâmica, representa uma estrela-guia em termos espirituais, políticos e geopolíticos. Sua Revolução é de importância imensurável; e não apenas para iranianos, xiitas e muçulmanos: ela tem uma dimensão universal e, assim, concerne a toda a humanidade, a todos os seres.

O Irã é o único exemplo de que dispomos da possibilidade do Regresso aos Grandes Tempos, isto é, da Restauração da Sagrada Tradição na vida, na sociedade, na cultura e na política, dentro do mundo caótico e sem Deus que conhecemos como Modernidade; pervertido na esteira da “ocidentoxicação” (como o grande pensador iraniano Ahmad Fardid denominava); totalmente despido de justiça, liberdade e dignidade sob o governo satânico do Dajjal [1] – encarnação da hegemonia ocidental moderna – e, sobretudo, do Grande Satã, isto é, os Estados Unidos da América.

A Revolução Iraniana é incisiva e, simultaneamente, bela: prova que não só a luta e a resistência contra o Mal são possíveis, como também a vitória. E prova através de si própria: a República Islâmica do Irã, o país que, apesar das pressões, das sanções e das limitações que lhe são impostas, permanece de pé para resistir e prosperar, material e espiritualmente.

Através de sua Revolução, o Ayatollah Khomeini se dirigiu a todos os povos do mundo, convidando cada um deles a unirem forças na batalha derradeira liderada pela República iraniana contra a hegemonia ocidental, o capitalismo, o liberalismo, a secularização e a degeneração da sociedade, visando recuperar a justiça e libertar todos os oprimidos do mundo. O chamado ao retorno às raízes sagradas islâmicas não se limita, logo, ao mundo muçulmano.

Em sua carta ao último governante da URSS, o Ayatollah escreveu que, após a queda do comunismo ateu, a Rússia seria jogada na outra ponta do espectro, isto é, na versão liberal daquela mesma civilização decadente, materialista, hedonista e pervertida: no espectro do liberalismo. Nesse sentido, ao sair dos domínios do pequeno Satã, o Ayatollah Khomeini advertiu aos russos para que não caíssem nos domínios do Grande Satã: o capitalismo liberal do Ocidente. Como alternativa, ele propôs que nós buscássemos uma saída na Sabedoria Antiga e nos mestres espirituais da humanidade, dentre os quais Khomeni cita apenas dois: o grande místico iraniano Sohrawardi e o maior sufi de todos os tempos, Ibn Arabi. Aos olhos do Ayatollah, a via autêntica contra o comunismo na Rússia era o regresso ao Oriente espiritual, ou seja, às origens: do poço sem fundo ocidental à Pátria oriental da Luz.

No entanto, Gorbatchov não se atentou a esta carta e as consequências foram terríveis para o nosso país. Exatamente como o grande Khomeni previu, despencamos direto ao espectro do liberalismo ocidental. E teríamos morrido ali mesmo, se Putin não ascendesse no horizonte histórico, salvando o que ainda havia para salvar da Rússia.

A sugestão de Khomeni, portanto, é que a Rússia siga pela via da verdadeira Revolução — a Revolução Conservadora, o Grande Retorno. Fazendo eco a essas afirmações, os anciões ortodoxos espirituais russos também profetizaram a Grande Restauração da Santa Igreja e da Tradição Antiga da Rússia após o período da tribulação e do governo ateu, na porteira para o Fim dos Tempos; sendo assim, o chamado fundamental para que se aguarde a emergência do Dia da manifestação final de Mahdi, o Imã Oculto, o homem do tempo, tem seu equivalente próximo na cultura espiritual russa.

Fica claro, assim, que Revolução Iraniana possui uma dimensão nova e muito concreta para nós, russos; devemos estar ao lado dos iranianos despertos, dos xiitas despertos e dos muçulmanos despertos. E junto também de todos aqueles que despertaram, de outras confissões e religiões, para cerrar fileiras no mesmo lado do front, na luta comum contra o Dajjal, o Impostor que conhecemos como Anticristo e que se identifica no tecido do mundo atual no globalismo, na hegemonia ocidental, no capitalismo global e na política assassina dos EUA e de seus peões, títeres e apoiadores.

A Revolução Iraniana está na vanguarda da Revolta Contra o Mundo Moderno – em favor da Verdade Eterna e no caminho da Restauração, da Ressurreição e do estabelecimento da justiça global. A Luta é nossa: temos um inimigo comum e devemos nos perceber como irmãos em espírito e em armas.

Agora já é possível observar como a fúria dos globalistas ocidentais está crescendo no Oriente Médio e em outras partes do mundo. Isso acontece porque ele começa a sentir a derrota na carne. Perdem em toda parte e, em todo mundo islâmico, os EUA e a OTAN são universalmente odiados.

Na Rússia, repudiamos o liberalismo e voltamos nossos olhos aos valores russos no que tange à sociedade, política e relações exteriores.

A China experimenta, hoje, todas as facetas da guerra comercial e da pressão diplomática e começa a contra-atacar.

A África conhece o suficiente da realidade do colonialismo e do neocolonialismo subjacentes à “ajuda” que a globalização lhe presta — que não passa de um eufemismo para a mesma submissão, exploração e subjugação de sempre. O mesmo vale para a América Latina que pretende romper com o jugo estadunidense.

Os esforços comuns da Rússia e Irã, com a participação relevante da Turquia em abandonar de vez os projetos ocidentais na Síria, mostra o potencial da coligação que desafia o domínio ocidental, dando uma prova do quão vitorioso tal empreendimento pode ser. Juntos, nós, sírios, russos, iranianos, xiitas do Líbano, do Iraque e de outros países, com uma contribuição turca, temos salvado a Síria da destruição total planejada pelo Ocidente, pelo Dajjal. E temos pagado o preço por isso com o sangue dos nossos melhores homens.

O assassinato brutal e totalmente injusto do grande general Soleimani, verdadeiro herói da Batalha Final, foi um exemplo da fúria do Dajjal contra os filhos da Luz. No entanto, cair na Guerra Santa do Fim dos Tempos não é uma tragédia, mas um grande benefício e privilégio. E mais do que isso: é um indício de que o Dajjal está assustado, tem medo e pavor.

O sangue dos heróis desperto cem novos heróis para lutar a guerra: essa é a lei de Deus, e não da Matéria. Por isso, tendo em mente o heroísmo do General Soleimani, veneramos seus atos e sua memória.

Todo viram a bandeira vermelha erguida sobre a Mesquita de Jamkaran, um monumento erigido não para a glória do passado, mas para a glorificação do Futuro, do grande Imã que vem, o Imã Mahdi. E isso é um convite ao despertar global: não para a vingança, mas para a Mobilização Total das forças da Luz. Nossa bandeira é a bandeira da Última Revolução, a bandeira da Resistência e da Ressurreição.

É chegado o momento de reviver a dimensão universal da Revolução Iraniana – de reviver a grande mensagem do Ayatollah Khomeini.

O Zuhur [3] está próximo e, segundo diversos Hádices [4], as forças dos verdadeiros cristãos e muçulmanos autênticos se agrupam nos estandartes de Jesus e Mahadi: na extensão da antiga terra da Síria e no Oriente Médio.

É neste espírito que devemos dar um novo fôlego à Revolução Iraniana que, diga-se de passagem, está apenas no começo. Mas agora é chegado o momento da segunda fase. O momento de fincarmos os pés em novas batalhas: a libertação do Iraque e da Península Arábica – de Magrebe à Terra Santa.

Nosso inimigo compreende bem o aspecto escatológico dos acontecimentos vindouros. Eles também aguardam o Fim dos Tempos — só que em sua ótica distorcida sionista e protestante. Não obstante, a neblina tem se dissipado. Somos Nós contra eles.

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