O Xiismo no Islam, Os dias difíceis dos Xiitas no califado do Yazid

20:30 - 2022/02/17

Yazid no primeiro ano deu seu Governo, Yazid mandou matar o Imám Al-Hussein Ben Ali (as), neto do Profeta Mohammad (saws), juntamente com todos os seus filhos, familiares, parentes, amigos e companheiros, num espetáculo horrível e dantesco, ordenando um desfile, por toda parte, com as cabeças dos mártires, decapitadas e espetadas na ponta das lanças, carregadas pelas mulheres e crianças de suas vítimas.

Imam Ali as

Moáwiya faleceu no ano 60 Hijrita (680 a.d.), assumindo o trono do Califado seu filho Yazid, de acordo com o pacto que seu pais havia feito com povo, tornando-se o líder do Governo islâmico.
A História nos relata que Yazid não era dotado de personalidade islâmica. Ele era um jovem que não cultuava importância aos dogmas islâmicos, mesmo no tempo de seu pai. Era um ocioso, rebelde, alcoólatra, entregue às orgias quase que diariamente... totalmente indiferente aos crimes, os mais hediondos que se praticavam e dos quais na maioria das vezes participava, sem precedente na história do Islam, e isto, ao longo dos três anos de seu curto Governo.

Entretanto, no primeiro ano deu seu Governo, Yazid mandou matar o Imám Al-Hussein Ben Ali (as), neto do Profeta Mohammad (saws), juntamente com todos os seus filhos, familiares, parentes, amigos e companheiros, num espetáculo horrível e dantesco, ordenando um desfile, por toda parte, com as cabeças dos mártires, decapitadas e espetadas na ponta das lanças, carregadas pelas mulheres e crianças de suas vítimas.
No ano seguinte, Yazid ordenou seu Exército saquear a cidade de Medina e praticar um genocídio dos mais sangrentos, dando a seus soldados três dias de total liberdade para agirem como bem entendessem sem a mínima punição.

No terceiro ano, ele ordenou a destruição da Caaba, incendiando-a. Em 63 Hijrita (683 a.d.), com a morte do cruel Yazid, o qual contava trinta e oito anos de idade, sucedeu-o seu filho Moáwiya, o qual morreu quarenta dias depois de tomar posse do Califado, extinguindo assim a linhagem direta de Abu Sufián, passando o poder para outro ramo dos Omíadas, que se denominava por Maruânidas, tomando posso do Califado Maruán Ibn Al-Hakem (63 - 64 Hijrita * 684 - 685 a.d.), tendo como seu sucessor, seu filho Abdel Malek Ben Maruán (64 - 84 Hijrita * 685 - 705 a.d.), conforme nos relata a História, perdurando a dinastia dos Omíadas por longos setenta anos, ou melhor, exatamente sessenta e sete (67) anos de acordo com o calendário gregoriano, com doze sucessões, instituindo-se um imperialismo árabe em uma sociedade islâmica, camuflado com o estigma de Califado Islâmico, o qual foi tirano, marcado pela opressão e pelas dificuldades em todos os campos, sendo os usurpadores do Califado puro, advindo com o verdadeiro sucessor do Profeta (saws), e que seria o Imám Ali (as) e seus descendentes, o qual é considerado e reconhecido como sendo o único defensor da religião e que reconstruiu moralmente a Caaba, onde se isolava em suas meditações, principalmente os dias da peregrinação.
Um dos Califas da dinastia dos Maruânidas, havia atravessado o Alcorão com sua flecha... registrando depois a seguinte frase que ele exclamara ao praticar este ato sacrílego: - "E no dia em que apresentares diante do Senhor, diga-Lhe que o Califa te fez em pedaços!"

Naturalmente, os xiitas divergiam, essencialmente, dos sunitas, em dois aspectos: O que diz respeito aos califados e à afluência religiosa. E, apesar das perseguições e das opressões que sofriam, eles fortificavam-se cada vez mais em sua fé, revigorada com a morte do 3o. Imám Al-Hussein (as), vindo como resultado dessa persistência, a propagação e a frutificação
do pensamento xiitas em regiões distantes, como o Iraque, o Irã e o Iêmen.

O testemunho real desses fatos foi o ocorrido no tempo do 5o. Imám xiita Mohammad "Al-Báquer" (as), antes de findo o primeiro século Hijrita. Decorridos menos de quarenta anos da morte do Imám Al-Hussein (as), começaram a surgir e se agravar as concentrações no Governo dos Omíadas, abalando os alicerces de sua formação, e os xiitas de todo o mundo islâmico convergiram em busca da proteção do 5o. Imám que soube agasalhá-los com a sua sapiência, e com o qual adquiriram maiores informações e conhecimentos islâmicos.
No final do primeiro século Hijrita, um grupo de Emires fundou a cidade de Qom, no Irã, instalando nela os xiitas que viviam sem manifestarem sua crença, assim orientados por seus Imames, a fim de evitarem as perseguições que vinham sofrendo, exemplificados com as frustrações e morte de uma plêiade de Alauitas, revoltados com as opressões.

Tem-se também, o fato do corpo de Zaid, Líder da "Xía Zaidiya", ter sido retirado de seu túmulo e cujo esqueleto foi deixado por três anos crucificado e depois incinerado e suas cinzas lançadas ao vento. E, a maioria dos xiitas crê que a morte dos 4o. e 5o. Imames (as) ocorreu por envenenamento, pelas mãos dos Omíadas, assim como admitem ter sido o assassinato do 2o. e do 3o. Imames (as), também por eles cometido.
As atrocidades cometidas pelos Omíadas, levou os próprios sunitas, apesar de acreditarem nos Califados, a classificarem os Califas em dois grupos: Os sábios, que são os quatro primeiros depois da morte do Profeta Mohammad (saws) e que são: Abu Bakr, Omar Ibn Al-Khattáb, Othmán Ben Affán e Ali Ben Abi Táleb; e o segundo grupo que se iniciou com Moáwiya e que denominam de leigos.
Os Omíadas, cujo Governo foi marcado pelas perseguições e opressões, impondo o pânico a todos, com a queda de seu poderio, limitado pela morte do último de seus Califas, seus dois filhos se viram obrigados a fugir com um pequeno grupo da dinastia Omíada e, não encontrando onde se refugiar, erraram pelos desertos da Núbia, da Abissínia e de Bajáwa, muitos deles morrendo vítimas da fome e da sede, enquanto que os sobreviventes foram para na região sul do Iêmen, onde permaneceram por tempos, vivendo de esmolas e doações. Depois, voltaram para Meca disfarçados de carregadores e se misturaram na sociedade local.

O Xiismo no Islam, P 18 .Por Assayed Mohammad Hussein Al-Tabatabei.
 

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