A Advertência contra o Divórcio

10:00 - 2022/06/02

O Islam advertiu contra o divórcio e o encerramento das relações matrimoniais em virtude dos efeitos negativos que produzem no casal, nos filhos e na sociedade. O divórcio é a fonte principal de ansiedade, desequilíbrio psicológico, doenças emocionais e má conduta dos filhos, já que a criança necessita do amor e da bondade de seus pais. Quando a criança pensa em divórcio isso cria ansiedade nela e a mantém em contínuo temor e preocupação, o que se reflete negativamente em sua estabilidade emocional e pessoal.

O que Jesus falou sobre o divórcio?

O Islam estipulou métodos para o relacionamento que dificultam um agravamento que chegue ao ponto da separação, e advertiu contra o divórcio em diferentes orientações. O Santo Profeta (S.A.A.S.) disse: “Gabriel (A.S.) recomendou me tanto sobre o bom tratamento às mulheres que cheguei a considerar que não seja necessário o divórcio, exceto num caso de evidente adultério”.[1]

 O Imam Jafar Assadeq (A.S.) disse: “Das coisas que Deus decretou lícitas a que mais O desagrada é o divórcio. Deus abomina aqueles que se aprazem em apressar o divórcio”.[2]
E também disse: “Em verdade, Deus, o Onipotente, o Grandioso, ama o lar em que há um casal e não se agrada com o lar em que há o divórcio, não há nada mais desagradável para Deus do que o divórcio”.[3]

O Islam exortou-nos à adoção do objetivo de impedir o divórcio e o fortalecimento do amor e dos laços de respeito, ordenou-nos um posicionamento pacífico a fim de que resolvamos os problemas e diferenças que possam provocar a separação.
Deus o Altíssimo disse: “E harmonizai-vos com elas (as esposas), pois se as menosprezardes podereis estar depreciando seres que Deus dotou de muitas virtudes”.[4]

O Islam exorta para a reconciliação e a restauração dos laços familiares, Deus o Altíssimo disse: “Se uma mulher notar indiferença ou menosprezo por parte de seu marido, não há mal em que se reconciliem amigavelmente, porque a concórdia é o melhor...”[5]

Assim, a reconciliação é melhor do que o atrito, pois, as ideias e os sentimentos são instáveis. O Islam frequentemente exortou para a reconciliação e a negociação diante da cogitação do divórcio. Deus o Onipotente disse: “E se temerdes o desacordo entre ambos, apelai a um árbitro da família dele e outro da dela. Se ambos desejarem reconciliar-se, Deus os reconciliará, porque é Sapiente, e é Ciente vde tudo”.[6]

Se todo o empenho para a reconciliação e a restauração da normalidade do relacionamento não for efetivo, quando as tensões e conflitos exigirem a separação, então é possível que o divórcio seja uma bênção para ambos, contudo, terá efeitos psicológicos sobre o filho. Por conseguinte, refletirá em seu modo de vida, e é por isso que o Islam concedeu outra chance para a restauração do matrimônio. O Islam dá esse direito ao esposo, com o cumprimento do período de espera (iddah) da mulher após o divórcio, com um novo contrato (aqd), o mesmo direito é conferido a mulher depois do iddah (com um novo contrato de matrimônio).

Também deu o direito de restauração do casamento ao homem após o primeiro e o segundo divórcio e então uma real separação após todas as tentativas de entendimento, nesse caso, cabe aos pais observarem os sentimentos do filho com amor e carinho. Também cabe a eles formarem uma atmosfera que ajude a criança em sua fé e que a proteja da conduta dos pais. O Islam proibiu a difamação, a calúnia e o comentário sobre os defeitos alheios, com isso, a criança será capaz de suportar o impacto provocado pelo divórcio. Porém, se não se observar essas recomendações, os pais estarão constantemente tentando mostrar os defeitos um do outro para a criança, e ela terminará por odiar sua vida e desprezar a si mesma, o que se refletirá em seus sentimentos em relação aos pais. Ela os amará, e, ao mesmo tempo, os odiará por conhecer os defeitos de ambos. Então, permanecerá vivendo numa contínua ansiedade, sua tristeza aumentará dia após dia e isso se refletirá negativamente em seus relacionamentos sociais e familiares.

 

 

[1] (Manla Yahdurul faqih)

[2] (Al kafi)

[3] (Al kafi)

[4] (Alcorão Sagrado, C.4 – V.19)

[5]  (Alcorão Sagrado, C.4 – V.128)

[6] (Alcorão Sagrado, C.4 – V.35)

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