-Uma amarga realidade do mundo de hoje é que os governos ocidentais criticam a situação das mulheres nas prisões de alguns países, enquanto eles próprios nunca oferecem uma imagem transparente da situação das mulheres nas prisões de seus respectivos países. Tudo indica que os países ocidentais, que afirmam defender os direitos humanos, figuram entre os violadores dos direitos femininos nas prisões.
Violação dos direitos das mulheres nas prisões
Continuação do artigo anterior:
Um dos problemas enfrentados por essas mulheres nas prisões americanas é que se encontram a centenas de quilômetros de distância de seus filhos e suas famílias, o que não permite que eles sejam visitados com frequência. Esses problemas se redobram para mulheres grávidas.
Em um relatório chocante, O Jornal Americano Huffington Post abordou a situação das mulheres grávidas em diferentes estados dos EUA e revelou que essas mulheres não tiram suas algemas mesmo durante o parto. O relatório observa que presidiárias grávidas em Massachusetts e em outros estados estão algemados durante a gravidez, parto e pós-parto! Michelle, uma mulher que se encontra reclusa no centro Correcional de Massachusetts, recorda o horror de quando foi transportada ao hospital com as mãos atadas para o parto.
Havia sido declarada culpada de um crime não violento; dois guardas a acompanharam ao hospital, um deles armado. A mantiveram em uma parte do hospital sob segurança, esteve acorrentada a sua cama por 18 horas enquanto estava dando à luz.
Michelle diz: "após o parto, imediatamente me algemaram e me acorrentaram pelos tornozelos para me levar ao banheiro". A história de Michelle é apenas um exemplo desse tipo de acontecimento. Em 13 e 14 de março de 2014, o Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas investigou a concordância da atuação dos EUA com o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e descobriu que os Estados Unidos haviam violado os artigos 7 e 10 deste pacto nas prisões de mulheres.
Violação dos direitos das mulheres nas prisões
Algemar mulheres grávidas durante o parto, além de violar a Convenção das Nações Unidas contra a Tortura, se considera, pela opinião de vários tribunais federais, um atropelo ao artigo 8 da Constituição dos Estados Unidos.
A situação das mulheres nas prisões do Reino Unido também é objeto de críticas das organizações de direitos humanos, que questionaram seriamente a alegação do Governo britânico de que respeita os direitos humanos e defende os direitos das mulheres.
De acordo com as estatísticas publicadas pelo Ministério da Justiça do Reino Unido, há 4500 mulheres encarceradas nesse país, das quais 28% pertencem a minorias étnicas. As mulheres se encontram reclusas em más condições, 78% delas sofrem problemas espirituais e psicológicos e se denuncia que 30% se suicidaram até agora. (Esta estatística é de vários anos atrás)
Maria Eagle, ministra Delegada para a mulher e a igualdade no Reino Unido, denunciou em entrevista a um meio britânico que as prisioneiras correm o risco de automutilação, suicidar ou ser abusada por seus companheiros de prisão. Também criticou a negligência do governo e os funcionários carcerários a esse respeito. Esses fatos amargos são apenas uma parte das realidades que acontecem hoje na comunidade de mulheres ocidentais.
Os países ocidentais não deixam de afirmar ser defensores dos Direitos humanos, em condições em que muitas mulheres, especialmente as prisioneiras, estão privadas de seus direitos humanos.
Foi traduzido do site: https://parstoday.com/es/radio/programs