-Mais de três mil anos que as mulheres têm estado presentes em instituições militares em muitas sociedades e nações; desde mulheres combatentes dos tempos antigos até mulheres civilizadas de hoje, por vontade própria, cumprem o serviço militar ou lutam nos campos de batalha ao lado dos homens. A presença militar feminina era, em algum tempo, um tabu e tinha que ficar escondida mesmo antes de seus companheiros de armas. Neste artigo vamos falar sobre os problemas da presença militar das mulheres nos exércitos dos países ocidentais.

Posição das mulheres no Ocidente, a presença militar das mulheres nos exércitos
Após a difusão das ideias feministas e a igualdade de gênero desde o início da década de 70, a visão ocidental a respeito mudou e a cada dia um maior número de países se somou aos defensores do direito da mulher a se apresentar nos campos de batalha. Porém, essa presença tem gerado vários problemas para as fêmeas ocidentais.
Desde o início de 1970, a maioria dos exércitos ocidentais autorizou as mulheres a servir no exército. Em 9 países do mundo, há serviço militar para as mulheres. As provas históricas indicam que o Reino Unido foi o primeiro país a permitir que as fêmeas vestissem uniformes e fizessem o serviço militar em 1938.
Para servir no exército, essas mulheres recebiam dois terços do que os homens ganhavam. A mulher militar britânica mais famosa foi a filha do então primeiro-ministro Winston Churchill. A Rússia também é um dos países que nos últimos anos demonstrou um grande interesse em recrutar mulheres no exército. Na Rússia, eles destinaram uma base militar especificamente a capacitar as mulheres. Além da Rússia, Alemanha e EUA também saudaram a presença militar feminina.
Na Alemanha, o Terceiro Reich, contrariamente á crença popular, cria firmemente na presença de fêmeas em ambientes militares. Em 1944 e 1945, cerca de 500 mil mulheres se ofereceram voluntárias para trabalhar como socorristas no exército alemão. Muitas delas receberam a medalha de valentia por sua heroica presença nos campos de batalha, sob fogo e balas.
A presença militar das mulheres nos exércitos
Desde já, o papel principal das mulheres alemãs era, por ordem de Adolf Hitler, promover a fertilidade e aumentar a raça ariana para participar de futuras guerras. Nos EUA, também, segundo as estatísticas publicadas em 2013, de um milhão de pessoas que servem no exército, pelo menos 100 mulheres, o que equivale a 15,6%. Em 1990 e 1991, cerca de 40 mil mulheres militares participaram da Guerra do Golfo Pérsico e participaram das operações chamadas Escudo Do Deserto e Tempestade no Deserto.
Essas mulheres eram capazes de participar de todas as cenas de combate. Desde 1994, de acordo com uma lei, as mulheres que serviam em unidades menores que a brigada, não podiam participar de guerras terrestres. Apesar da ampla presença feminina nos exércitos ocidentais, ainda muitos rejeitavam que elas participassem de áreas militares. Essa oposição continuou desde a Primeira Guerra Mundial e, apesar de todas as mudanças que produziu nestes anos com respeito para o papel social feminino, a atividade militar da fêmea ainda é questionada.
Essas objeções, mais do que responder a pontos de vista anti-mulher, se devem às preocupações sobre a segurança psicológica e da vida das mulheres nos ambientes militares. A história das mulheres nos ambientes militares está cheio de denúncias de assédio sexual e psicológico.
Na atualidade, esta preocupação se dá especialmente no Exército norte-americano. De acordo com os números, aproximadamente 255 mil mulheres americanas se inscreveram para participar das guerras do Iraque e Afeganistão e entraram no exército. Após entrar no exército, algumas dessas mulheres sofreram condições terríveis, que lhes foram impostas não só pelas forças inimigas, senão também por parte de seus colegas.