-Mais de três mil anos que as mulheres têm estado presentes em instituições militares em muitas sociedades e nações; desde mulheres combatentes dos tempos antigos até mulheres civilizadas de hoje, por vontade própria, cumprem o serviço militar ou lutam nos campos de batalha ao lado dos homens. A presença militar feminina era, em algum tempo, um tabu e tinha que ficar escondida mesmo antes de seus companheiros de armas. Neste artigo vamos falar sobre os problemas da presença militar das mulheres nos exércitos dos países ocidentais.

Posição das mulheres no Ocidente, a presença militar das mulheres nos exércitos
Continuação do artigo anterior:
De acordo com dados divulgados pelo Pentágono, 3 mil 192 violações de mulheres militares se registraram no exército em 2011. O mesmo número também foi relatado em 2010. O Portal do Daily Mail publicou um vídeo de mulheres violadas no exército norte-americano, no qual denunciou que, em 2016, houve mais de 26 mil casos de violação e abuso sexual neste corpo militar.
De acordo com a mídia digital, as vítimas não relataram por medo de repetição do violação ou demissão. O mesmo site web confirmou ainda que de cada 9 violações só uma é denunciada e que de cada 9 denúncias só uma é remetida ao tribunal.
Além disso, em um relatório publicado em 2016, a rede BBC assinalou que a violação sexual já se converteu em um dos maiores problemas do exército americano na última década. Este fato também foi confirmado por funcionários americanas. O coronel Alan R. Metzler, vice-diretor do escritório do Pentágono para a prevenção e resposta às agressões sexuais, disse em uma entrevista: "A partir de vários dados, descobrimos que o número das violações é muito mais elevada do que conhecemos.
Muitas das vítimas de violação desistem da denúncia formal e estão contentes com uma simples atenção médico para evitar cobranças formais e vingança". A informação disponível confirma outra realidade amarga também. A verdade é que, infelizmente, os homens transgressores não são castigados na maioria dos casos relatados.
A presença militar das mulheres nos exércitos
Por exemplo, de acordo com estatísticas oficiais, em 2011, só 8% dos acusados da violação foram julgados, e o número de condenados não excedeu 191. Os relatórios mostram que muitas das mulheres militares que ousaram reclamar de seus companheiros de armas e comandantes agressores, tem sido despedidas do exército sob desculpas inventadas, como a falta de competência, transtornos psicológicos.
Em outras palavras, o exército, os EUA estão fazendo todo o possível para evitar tais revelações. A demissão de mulheres queixosas levou muitas das mulheres vítimas de violação a manter silêncio e não demandar os militares agressores. A capitã Debra Nickerson, da Força Aérea dos EUA, diz a respeito: "no exército americano, se uma mulher acusa um homem de violação, é ela que será acusada de dizer mentiras".
Em uma reportagem publicada recentemente, a rede CNN retratou esta amarga realidade em uma entrevista com várias mulheres militares violadas no exército, aqueles que disseram explicitamente que foram demitidos do exército sob desculpas vãs uma vez que denunciaram os fatos. Uma das entrevistadas, Stephanie Schroeder, disse à CNN que um dia, quando tomava banho em 2002, foi espancada e depois violada por um colega.
Ele acrescentou: "Quando o informei ao oficial sênior, me disse que, mentia e que houve consentimento da minha parte". Logo após os fatos, essa fêmea foi expulsa do exército por "transtornos de personalidade". Constantemente, pode-se descobrir que os EUA, que não deixa de assegurar que e respeitam os direitos humanos e acusar muitos dos Estados soberanos do mundo de abusos contra esses direitos, têm o maior número de crimes morais em suas forças armadas.
As mulheres que estão sujeitas a assédio sexual e opressão no exército, têm que ficar em silêncio para manter seu trabalho, e este é o presente que a liberdade e a igualdade de gênero lhes trouxeram, de acordo com a versão Ocidental.
Foi traduzido do site: https://parstoday.com/es/radio/programs