-Criando campos para uma maior participação das mulheres em todos os escalões ocupacionais e a tomada de decisões, é um dos objetivos chave do plano dos Objetivos de desenvolvimento do Milênio (ODM), elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Neste artigo vamos falar sobre, tema da desigualdade de gênero no cinema Ocidental.
A desigualdade de gênero no cinema Ocidental
Continuação do artigo anterior:
Quando Hilary Swank, duas vezes vencedora do Oscar, anunciou que o pagamento dos atores masculinos no papel na frente ao seu era dez vezes maior que a dela, trazido à luz uma imagem de hollywood que se parecia mais a era época medieval do que ao século XXI.
A publicação de uma série de estatísticas descobriu a deplorável discriminação contra as mulheres em Hollywood. De acordo com esses números, dos 1300 filmes americanos mais vendidos e feitos entre 2002 e 2014, apenas quase 4% haviam sido dirigidos por mulheres. Esses dados demonstram a desconfiança dos grandes estúdios e investidores de Hollywood nas diretoras de cinema.
É claro que, quanto mais nos afastamos de Hollywood e do longo cinema narrativo, as estatísticas tomam uma forma mais razoável e mais justa. Por exemplo, no cinema independente, no qual o puro domínio do capital está controlado até certo ponto, as mulheres demonstraram maior poder e atividade, de maneira que entre 2002 e 2012, quase 24% dos diretores participantes em festivais de cinema independente, eram mulheres.
Durante esse período, 58% das mulheres, que tentara m fazer filmes e falharam, mencionaram problemas econômicos como a principal razão para esse fracasso, o que mostra que os produtores, que geralmente são homens, se mostram relutantes em empregar mulheres em projetos caros. Com tal atitude, se as mulheres fizeram 9% dos filmes de Hollywood em 1998, esse número caiu para 5% em 2011. No mesmo período, só quatro longas-metragens feitos por quatro diretores masculinos de Hollywood perderam mais de US.500 milhões.
A desigualdade de gênero no cinema Ocidental
Dadas as estatísticas e tendências decepcionantes que ocorreram nos últimos anos, se pode concluir que o cinema de Hollywood não é um anfitrião muito bom para as mulheres. Os números mostram que só 6% dos filmes de Hollywood foram dirigidos por mulheres em 2013 e 2014. Curiosamente, no mesmo cinema americano onde trabalham algumas diretoras, a audiência feminina é maior que a masculina.
Em outras palavras, pode-se dizer que geralmente são os homens que fazem filmes para mulheres. Além do tema da discriminação de gênero, esse desequilíbrio comporta numerosas consequências culturais.
Claire Johnston, teórica feminista do cinema Ocidental, cria que, no cinema americano, o papel das mulheres é geralmente secundário e só complementa o papel do herói masculino. Johnston afirmava que, em Hollywood, o homem é o personagem ativo e a mulher o personagem passivo. Até os prazeres do longa-metragem são projetados especificamente para os homens.
Sobre de tudo, porque nesses filmes as mulheres são tratadas com uma abordagem sexual sem respeitar seus direitos. Tanto é assim que na maioria dos filmes que se produzem no Ocidente, se não há tal atitude sexual em relação à mulher, o filme será contrário ao que o público espera.
Tal atitude é tão institucionalizada que ninguém se preocupa que se apresente uma imagem assim da mulher. Em um estudo recente feito com 100 filmes de Hollywood, os investigadores do departamento de mídia e comunicações da Faculdade de Anberg da Universidade da Califórnia do Sul chegaram à conclusão que a ênfase na atração sexual da mulher nesses filmes se multiplicou com respeito ao passado.
Assim, se pode dizer que o cinema ocidental, especialmente Hollywood, não só não pensa na igualdade de gênero, senão a posição que define para as mulheres não é muito diferente do que há nos países subdesenvolvidos do mundo.
Desigualdade de gênero
Foi traduzido do site: https://parstoday.com/es/radio/programs