Islamofobia no Ocidente II

00:30 - 2022/12/14

-Depois dos atentados de 11 de setembro, surgiu uma ampla e planejada onda de islamofobia em forma oficial e não oficial, a qual além de apresentar uma distorcida imagem do Islã e dos muçulmanos, impôs muitas restrições legais e pressões psicológicas às minorias muçulmanas residentes em países ocidentais.

Islamofobia no Ocidente II

Islamofobia no Ocidente 

Continuação do artigo anterior:

A França afirma ser o berço da democracia na Europa. No entanto, de acordo com documentos, dentro da sociedade francesa, os piores métodos são aplicados contra os cidadãos muçulmanos que vivem naquele país.

Neste sentido, a proibição do uso do hijab para as mulheres, especialmente nos estabelecimentos oficiais, constitui uma clara violação dos Direitos humanos e uma falta de respeito à decisão dos muçulmanos. Alguns especialistas acreditam que os governantes europeus temem que os muçulmanos possam influenciar ideologicamente as nações europeias. Por isso, segundo as previsões, a pressão dos governos europeus contra os muçulmanos obriga estes últimos a migrar de forma forçada. Enquanto, o véu é permitido para outras minorias, e só os muçulmanos enfrentam restrições sobre isso.

Depois da França, a proibição do hijab se espalhou para outros países ocidentais. De acordo com um projeto de lei proposto por alguns parlamentares belgas, as mulheres que usarem burca em estabelecimentos públicos serão declaradas violadoras da lei e terão que pagar uma multa ou ir para a cadeia. A deputada belga Christine Defraigne afirmou que disse: o projeto de lei está no marco da saúde pública e do respeito aos valores da sociedade.

Também apontou que deveria haver uma lei que persiga qualquer pessoa que use roupa que não permita reconhecimento ou identificação nos estabelecimentos públicos. Até há pouco tempo, não havia proibição do hijab na Alemanha, mas recentemente o Parlamento do Estado de Baden-Wurttemberg aprovou uma lei que proíbe a vestimenta islâmica aos professores das escolas públicas desse estado, enquanto permite que aos cristãos e judeus usem elementos de manifestações religiosas.

Foi o primeiro parlamento regional alemão a aprovar uma lei para proibir o hijab. Se deve notar que o Tribunal Constitucional Alemão, responsável por pronunciar-se sobre a proibição do hijab nas escolas do país, deixou a decisão sobre isso nas mãos dos Estados regionais.

O debate sobre o hijab nos EUA também sempre foi um tema controverso, e as mulheres com o hijab estiveram submetidas a problemas legais por seu uso e também enfrentaram ataques verbais e violentos. Por exemplo, faz pouco uma mulher com um véu na Califórnia foi assassinada quando saía de sua casa. Seu irmão atribuiu o assassinato ao seu hijab.

Também no ano passado, os empregados e diretores de uma das maiores empresas de telecomunicações dos EUA na cidade de Kansas, ridicularizaram e insultaram á empregada Susan Bashir depois que  se convertesse ao Islã, eles arrebataram brutalmente o lenço na cabeça.

Islamofobia no Ocidente

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De acordo com relatórios da organização Human Rights Watch (HRW), os ataques físicos a mulheres muçulmanas com hijab na França também tiveram um ritmo ascendente. Usar o hijab tem um enorme impacto negativo no emprego das mulheres muçulmanas.

De acordo com uma investigação realizada pela Universidade de Hawai, as mulheres com véu são as principais vítimas da discriminação no mercado laboral americano. Os empregadores procuram funcionários que não tenham uma aparência religiosa e islâmica.

Outro estudo feito no Reino Unido confirmou que os muçulmanos desfrutam da menor possibilidade de emprego com respeito às outras 14 minorias naquele país, e que particularmente as muçulmanas são contratadas em 65% menos que as cristãs nos escritórios. O chefe do departamento de Sociologia da Universidade de Bristol, se referindo aos resultados deste estudo, advertiu que "se continuar esta tendência na sociedade britânica, isto seria uma grande ameaça para o país e conduziria à instabilidade social".

Essas discriminações e desigualdades ocorrem nos países ocidentais em condições em que, em virtude do artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, qualquer ser humano tem direito à liberdade de pensamento e religião.

Este direito inclui a expressão de opinião e fé, educação religiosa e a realização de ritos religiosos, de forma individual ou coletiva, privada ou pública. No entanto, na atualmente, o mundo está testemunhando amplas violações dos direitos das mulheres muçulmanas em países que afirmam defender os direitos humanos.

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