O Ascetismo de Imam Ali

08:21 - 2023/01/23

Dentre as excelências do Imam (A.S.) e a perfeição de sua conduta está o seu ascetismo pelo mundo, a sua recusa total a todos os seus atrativos, adornos e belezas. Ele dominou todos os desejos pessoais, acostumou-se às adversidades e às privações. Ele não foi receptivo a nenhum dos atrativos da vida. Foi a mais ascética das pessoas, como foi descrito por Omar Ibn Abdel Aziz.[1] 

Imam Ali

O Ascetismo de Imam Ali

Quando assumiu o califado islâmico, e o mundo se iluminou com o seu governo, ele se divorciou três vezes do mundo, nos subúrbios de Iaçrib e de Cufa; levou uma vida de pobre e não construiu uma casa para ele. Ele não usou as vestes macias, mas vestes de pobres e se alimentava com sua pouca comida. Quando foi questionado sobre isso, ele disse: “Para não constranger o pobre com a sua pobreza.”

Ele gostava de ser solidário com os pobres com a sua pobreza e sofrimento, para não se desesperarem com as amarguras da vida. Aspectos de seu Ascetismo, Os historiadores e os narradores citaram aspectos maravilhosos a respeito do ascetismo do Imam sem similar na história.

Suas Vestes
O Imam (A.S.) não se preocupava com as suas vestes. Ele usava roupas rústicas. Os historiadores citaram várias passagens a esse respeito, algumas das quais são:
- Omar Ibn Kaiss relatou: “Áli foi visto usando uma camisa remendada. Ao ser censurado, disse: “O crente segue o seu exemplo e o coração se humilha com ele.””[2]

- Abu Ishac Assubai’i relatou: “Meu pai me carregou nas costas enquanto o Príncipe dos Fiéis estava discursando. Ele ficava se abanando com a sua manga. Eu perguntei: Pai, será que o Príncipe dos Fiéis está sentindo calor? Respondeu-me: não, não sente nem calor, nem frio, mas ele lavou a camisa e está ainda úmida, e ele não tem outra. Por isso, está se abanando com ela”.[3] 

                                                                    imam Ali

A Igualdade de Imam Ali 
                                     

O Ascetismo de Imam Ali

Abu Haian Attamimi, baseado em seu pai, relatou: “Vi Áli dizer no púlpito: ‘Quem compra esta minha espada? Se eu tivesse o preço de uma camisa eu não a venderia”. Um homem lhe disse: “Eu lhe empresto o preço da camisa”. Abdul Razzak, comentando isso, disse: “O Imam fez aquilo e toda a península estava sob o seu comando, menos a Síria”.[4]
Áli Ibn Al Akmar relatou: “Vi Áli vendendo a sua espada no mercado, dizendo: “Quem compra de mim esta espada? Por Quem faz brotar o grão que defendi com ela o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.). Se eu tivesse o preço de uma camisa não a venderia.”[5] 

Harun Ibn ‘Antara relatou: “Fui ter com Áli em Khawarnak e o vi tremer de frio, tendo sobre ele um feltro velho. Disse-lhe: “Ó Príncipe dos Fiéis, Deus, o Altíssimo, lhe concedeu e aos seus familiares uma parte desses bens. Por que está fazendo isso consigo?” Ele respondeu: “Por Deus! Não vou tirar nada desses bens. Esse feltro é o que eu estava usando quando saí de Medina”.[6] 

O Imam (A.S.) fez um sermão para o povo de Cufa:
“Ingressei em sua terra com essa minha veste e essa minha montaria. Se eu sair com outra coisa diferente do que entrei, serei um traidor.”[7] O Imam comprou um manto que gostou. Por isso, não quis usá-lo e deu-o em caridade.[8]  Os narradores citaram que o Imam (A.S.) não possuía mais do que uma camisa para usar quando fosse lavá-la.[9] 

Os historiadores relataram que o Imam, durante os dias de seu califado, não tinha três moedas de prata para comprar uma camisa com elas, ou algo que precisasse. Ele entrava na casa do tesouro, dividia tudo entre as pessoas, praticava a oração e dizia: “Rendo graças a Deus que me fez sair como entrei.”[10] 

São alguns aspectos do ascetismo do Imam (A.S.) em suas vestes. Quando faleceu, não tinha nada a não ser a veste que ele estava usando. Deve-se citar que Haroun Al Rachid, quando faleceu, deixou quatro mil capas bordadas, além das outras vestes e dos bens incalculáveis que deixou por herança. O mesmo aconteceu com os outros reis omíadas e abássidas, que surrupiaram os bens dos muçulmanos gastando-os com seus desejos e suas noitadas. Certamente, nada tinham a ver com o Islam.[11]

 

[1] Livro Tarikh Dimachk. V. 3 – P. 252

[2] Livro Siffat Assafwa. V. 6 – P. 168

[3] Livro Al Gharát. V. 1 – P. 99

[4] Livro Al Isti’ab: 2/49. Jawahir AL Matálib. V. 1 – P. 284

[5] Livro Siffat Assafwa. V. 1 – P. 168

[6] Livro Hilyat Al Auliá. V. 3 – P. 236

[7] Livro Al Manáquib. V. 1 - P. 367

[8] Livro Almanáquib. V. 1 – P. 366

[9] Livro Almanáquib. V. 1 – P. 366

[10] Livro Al Manáquib. V. 1 – P. 364.

[11] Enciclopédia do Imam, Príncipe dos Fiéis, Áli Ibn Abi Tálib (A.S.). V. 1 – P. 106

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