- O Imam Al Hassan se assemelhou ao seu avô, o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) na sublimidade de conduta que era um exemplo da misericórdia divina que enche os corações de esperança e misericórdia. Eis alguns aspectos da excelência de sua conduta:
A Modéstia do Imam Al Hassan
O Imam Al Hassan (que a paz esteja com ele) era ímpar de seu tempo na sua modéstia e abnegação. Eis alguns exemplos dela:
O Imam Hassan (que a paz esteja com ele) passou por um grupo de pobres que colocaram no chão alguns pedaços de pão dos quais estavam comendo. Eles o convidaram a se juntar a eles. Ele atendeu o convite, dizendo: “Deus não aprecia os arrogantes.” Quando terminou de comer com eles, ele os convidou para serem seus hóspedes. Deu-lhes de comer, forneceu-lhes vestimentas e os agradou com sua piedade e benevolência.
Outro ato de sua modéstia é que ele passou por alguns garotos que estavam comendo. Eles o convidaram para comer com eles. Ele aceitou o convite e depois levou-os para sua casa e foi generoso com eles. Disse: “O favor é deles, porque só tinham o que me deram de comer, e nós temos o que lhes demos de comer.”[1]
Outro aspecto de sua modéstia é que ele estava sentado num local e queria ir embora. Naquele instante, um homem pobre chegou ao local. O Imam (que a paz esteja com ele) lhe deu as boas-vindas, foi gentil com ele e lhe disse: “Você chegou na hora que eu estava indo embora. Permite-me sair?” O pobre lhe disse: “Certamente, ó filho do Mensageiro de Deus.”[2] A modéstia indica a sublimidade e a perfeição da alma. A tradição diz: “A modéstia só acrescenta elevação ao servo. Portanto, sejam modestos que Deus terá misericórdia de vocês.”[3]
A Benevolência do Imam Al Hassan
O neto do Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) era uma das pessoas mais benevolentes. Ele retribuía o mal com o perdão e a benevolência. Entre os seus atos de benevolência, citamos:
Uma pessoa da Síria, que Moawiya havia alimentado com o ódio e o rancor pelos Ahlul Bait (A.S.), passou por ele. Ele se dirigiu ao Imam com insulto e injúria. O Imam ficou calado, sem responder. Depois de o homem parar com os insultos, o Imam deu um sorriso repleto de alegria e lhe disse: “Ó senhor: Acho que você é estrangeiro. Se você pedir algo nós lhe daremos, se pedir a nossa ajuda iremos ajudá-lo, se quiser que o transportemos o faremos, se estiver com fome, o alimentaremos, se estiver necessitado nós o auxiliaremos, e se é exilado, nós o acolheremos.”
Ele continuou agradando ao sírio com palavras agradáveis e boas palavras, até que o homem ficou aturdido e não conseguiu responder. Ficou confuso sobre como iria pedir desculpas ao Imam e apagar o que ele tinha cometido. Ele disse: “Deus sabe melhor em quem confiar a Sua missão.”[4]
O Imam (que a paz esteja com ele) possuía uma ovelha. Ele viu que ela havia quebrado a pata, e perguntou ao seu servo: “Quem fez isso?” O servo respondeu: “Eu.” O Imam (que a paz esteja com ele) perguntou: “Por quê?” O servo respondeu: “Para preocupá-lo.” O Imam sorriu e lhe disse: “Vou torná-lo feliz.” Ele o libertou e foi generoso com ele.[5]
Assim era o Imam Hassan (A.S.), devido ao seu perfeito humanismo, símbolo da elevação moral, não o perturbava o ódio nem que fizessem mal a ele. Ele se colocou perante ele as palavras de Deus: “Jamais poderão equiparar-se a bondade e a maldade! Retribui (ó Mohammad) o mal da melhor forma possível, e eis que aquele que nutria inimizade por ti converter-se-á em íntimo amigo!”[6]
Também leiam: A Conduta na visão do Imam Hassan
[1] Livro Assaban. Nota do livro Nur Al Absar. P. 176
[2] Livro Tarikh Al Khulafá, de Siúti. P. 73.
[3] Livro Niháyat Al Urab f Funun Al Adab. V. 3 – P. 443
[4] Al Kámil/ Al Mubarrid: 1/190. Manáquib Ibn Chahráchub: 2/149. Ele citou, também, que o sírio foi embora, dizendo: “Por Deus, ninguém é mais amado para mim na face da terra do que ele.”
[5] O Assassinato de Hussein (A.S.) / O Khawarizmi: 1/147
[6] Alcorão Sagrado, Surata Fússilat (C. 41), Versículo 34