- O Imam Al Hassan se assemelhou ao seu avô, o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) na sublimidade de conduta que era um exemplo da misericórdia divina que enche os corações de esperança e misericórdia. Eis alguns aspectos da excelência de sua conduta:
O Ascetismo e a Fidelidade do Imam Hassan
Dentre as excelências de conduta do neto do Mensageiro de Deus (Imam Hassan) está a renúncia ao mundo. Ele se pareceu com o seu avô, o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) e o seu pai (A.S.), nesta característica. Ele se livrou de todos os desejos e alegrias da vida. A respeito desse ascetismo, ele disse:
Poucos pedaços de pão me satisfazem,
Um gole de água pura me é suficiente.
Um pedaço de veste velha me cobre
Vivo ou morto é suficiente como mortalha.[1]
O Imam Hassan gravou no seu anel o que é parecido com esses versos:
Oferece a si mesmo o que puder de temor.
O desejo certamente vai invadi-lo, ó jovem.
Amanheces alegre como se não visse.
Os queridos de seu coração nas sepulturas se decompondo.
O Imam Hassan se parecia com o que esse verso dizia: Ó comedores dos frutos do mundo, eles são efêmeros, pois quem se ilude com uma sombra passageira é tolo.[2] O seu alimento, na maioria das vezes, era composto de pão e sal.
Mudrik Ibn Ziad relatou: “Estávamos nos pomares de Ibn Abbas e apareceram Hassan, Hussein e os dois filhos de Abbas. Eles sentaram ao lado de um dos riachos. E Hassan disse: “Ó Mudrik, você tem algo para comer?” Respondi que sim e trouxe para ele pão, sal e hortaliças. Ele comeu e disse: “Ó Mudrik, quão saboroso é isso!” Ao ser levado a ele alimento variado, ele disse: “Ó Mudrik, junta os escravos e dê a eles essa comida.” Eles o comeram e ele não chegou a prová-lo. Mudrik lhe disse: “Por que não comeu dele?” Respondeu: “Gosto mais do primeiro alimento.”[3]
Os historiadores estão em consenso de que ele era a mais ascética das pessoas, após o seu avô e o seu pai.
A Dedicação a Deus
Dentre a excelência da conduta de Abu Mohammad está a dedicação total a Deus, o Altíssimo. As pessoas nunca viram ninguém igual a ele em sua adoração e obediência a Deus, o Altíssimo.
Os narradores dizem: “Nunca foi visto, em nenhum tempo, sem que a sua língua estivesse se lembrando de Deus, louvando-O e O glorificando. Quando mencionava o Paraíso e o Inferno se agitava como se tivesse sido picado por um escorpião. Ele pedia a Deus que lhe concedesse o Paraíso e pedia refúgio contra o Inferno. Quando mencionava a morte e o que virá depois dela de ressurreição e o retorno, chorava como o fazem os tementes e os contritos. Quando mencionava a apresentação perante Deus, gemia de tal forma que perdia os sentidos”.[4]
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[1] Livro Hayát Al Imam Al Hassan Ibn Áli (A.S.). V. 1 – P. 328
[2] Livro Fussul AL Muhimma. P. 162
[3] Livro Tarikh Ibn AL Assákir. P. 214
[4] Livro Amáli Assuduk. P. 108