O Alcorão, o Livro dos fundamentos islâmicos

19:53 - 2023/03/19

- O Alcorão se compõe dos fundamentos islâmicos que juntos formam um todo interligado: um sistema primordial de crença na unidade de Deus, na profecia e no Dia do Ajuste de Contas, que é acompanhado por um segundo grupo de crenças, a saber, a crença no Livro Celeste, no Cálamo (que traça a sequência dos eventos cósmicos), o governo do destino e do decreto (sem que implique pré-determinismo), nos anjos, no Trono do Criador, e por fim, na criação do céu, da terra e de tudo o que há entre eles. E por isso, observamos que o bem-estar do homem se encontra na harmonização de seu caráter a esses princípios.

O Alcorão, o Livro dos fundamentos islâmicos

 O Alcorão, o Livro dos fundamentos islâmicos 

Poderemos prosseguir até uma compreensão do Dia do Juízo, quando o homem será recompensado ou punido segundo suas ações. E então, poderemos chegar ao conhecimento dos profetas e dos ensinamentos proféticos, uma vez que o homem não pode ser julgado sem que seja primeiramente orientado no que se refira à obediência ou desobediência. Esses ensinamentos fundamentais são considerados os pilares do modo de vida islâmico.

A estes, podemos acrescentar os fundamentos do bom caráter e da moral que um crente verdadeiro deve possuir e o que é uma necessária extensão das três crenças básicas mencionadas acima. As leis que governam a atividade diária não apenas garantem a felicidade do homem e o caráter moral, mas, de modo mais importante, ampliam a compreensão dessas crenças e dos fundamentos do Islam.

É evidente que um ladrão, um traidor, um esbanjador ou um libertino não possuem a qualidade da inocência; tampouco um avaro, que acumula o dinheiro, pode ser chamado de generoso. De modo semelhante, um indivíduo que nunca ora ou se recorda de Deus não pode ser chamado de crente em Deus e no Último Dia, nem ser descrito como um de Seus servos.

Com isso, podemos concluir que o bom caráter floresce quando é ligado a um padrão de ações corretas; a moral se encontra no homem cujas crenças estão em harmonia com esses fundamentos. Não se pode esperar que um homem orgulhoso seja crente em Deus e nem que seja humilde no que se refere ao Divino; nem que o homem que jamais entendeu o significado da humanidade, da justiça, da misericórdia ou da compaixão, creia no dia da Ressurreição e do Julgamento.

 O Alcorão, o Livro dos fundamentos islâmicos 

O capítulo 35, versículo 10 trata da relação entre um sistema fel de crença e um caráter adequado: “Até Ele ascendem as palavras puras e as nobres ações”. No capítulo 30, versículo 10, ficamos cientes outra vez dessa relação entre crença e ação: “e o destino daqueles que cometeram o mal será pior, pois desmentiram os versículos de Deus e deles escarneceram!”.

A shariah (as leis e o código de comportamento explicado no Alcorão e comentado detalhadamente pelo modelo de vida do Profeta) é o meio pelo qual o homem pode pôr em prática tais princípios. Aqui devemos acrescentar que os Ahlul Bayt (a família do Profeta) foram os seus herdeiros e receberam a tarefa de exemplificar e explicar em seus pormenores a mensagem profética e a shariah após o falecimento do Profeta. O próprio Profeta, na tradição2 conhecida como hadith al thaqalayn, a qual todos os grupos do Islam acatam, se refere especificamente a essa questão da sucessão.

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