Quando o Imam (A.S.) retornou à cidade de Medina depois de todo ocorrido em Karbalá, passou à prática de suas atividades nas investigações religiosas, a fim de alertar a nação contra questões contrárias a ela, apesar de também se empenhar na vigilância sobre o governo dos Omíadas.
Um pouco da vida do Imam Sajjad (A.S.)
O Imam (A.S.) dava assistência às centenas de crianças necessitadas, levando-lhes pessoalmente o alimento e lhes preparava a comida com suas próprias mãos, inclusive indigentes, mendigos e órfãos podiam sempre contar com ele, e até os agasalhava quando se tornava necessário.
Ele (A.S.) comprava os escravos e os libertava nas noites de Ide Al-Fitr, isto é, na noite da comemoração do fim do Jejum do Ramadan. Calcula-se que o Imam (A.S.) tenha libertado cerca de cem mil escravos, como exemplo da divulgação da liberdade na sociedade; daí que foi também chamado por uns de “O Libertador de Escravos”.
O Imam (A.S.) comemorava com frequência a memória do Imam Al-Hussain, para que a sua lembrança permanecesse viva na consciência da nação e em sua história, bem como, pela preservação duradoura da Mensagem alusiva a abominação daquilo que é ilícito e ditatorial. O Imam Ali Ibn Al-Hussain (A.S.) vivia triste e sentia saudades de seu inesquecível pai, o Imam Al-Hussain, e dos mártires da sua Casa (A.S.). Não havia uma refeição em que o Imam (A.S.) não lembrasse da sede de seu pai e seus companheiros.
O Imam Ali Ibn Al-Hussain (A.S.) publicou muitas obras sobre o conhecimento islâmico e colóquios sobre a Linhagem da Casa Profética; inclusive, preparou uma geração inteira de eruditos e palestrantes, os quais nos legaram o Islam eterno, expandindo-o em todos os países islâmicos. Alguns deles foram Abu Hamza Al-Samali, Said Ben Moussaib e Said Ibn Al-Jubair.
O Imam Ali Ibn Al-Hussain (A.S.) era demasiadamente devoto a Deus; e sua devoção ao Supremo era por demais humilde, chegando a extrema submissão e veneração a Deus, protetor e majestoso, num êxtase sem par. Nem acabava a sua oração, e, ao se lembrar de alguma graça, ajoelhava e agradecia a Deus. Quando era chamado para conciliação de duas pessoas, o Imam realizava uma genuflexão em louvor a Deus. Por isso, foi apelidado de “Al-Sajjad” e de ‘Zein Al-Abidín’.
A Morte do Imam “Al-Sajjad”(A.S.)
O Imam Ali Ibn Al-Hussain (A.S.) morreu injustiçado e preocupado na cidade de Medina, e, a causa da morte foi pela ingestão de um veneno que lhe foi ministrado por parte do Governador daquela cidade, que se chamava Suleiman Ibn Abdel Mâlec Ibn Maruán, por ordem do califa Omíada, Hichám Ibn Abdel Mâlec Ibn Máruan. O Imam (A.S.) foi assassinado por ter sido o mestre dos ensinamentos de Deus, aqui na terra, sempre içando o estandarte da justiça, e, por ter sido um Imam verídico e correto, guiando o povo pelos caminhos da virtude e da iluminação, até o dia em que morreu como mártir, no ano 95 da Hijra, correspondente ao ano de 718 d.C, aos cinquenta e sete anos de idade.
O Imam “Al-Sajjad” foi sepultado no cemitério de Al-Baquí, ao lado de seu tio e do Imam Al-Hassan Ibn Ali Ibn Abi Táleb, na cidade de Medina. Aquele dia foi um dos mais funestos para os seus moradores, devido ao clamor que tomou conta da cidade, que se vestiu com a roupagem da tristeza e da aflição, despedindo-se de seu injustiçado Imam, que deixou atrás de si os seus ensinamentos, oratórias, discursos, e sapiência, os quais, são até hoje fontes de benefício para os fiéis.