Dentre a sublimidade da conduta do Profeta (S.A.A.S.) está o afastar-se dos ignorantes. Deus, o Altíssimo, educou-o com essa sublime conduta. Disse: “Conserva-te indulgente, recomenda o bem e afasta-te dos ignorantes”.
2. A Benevolência
Dentre as qualidades do Profeta (S.A.A.S.) está a benevolência. Era a mais benevolente das pessoas. Não se irritava com quem lhe fazia algum mal, a não ser que cometesse algum pecado, pois combatia isso com severidade. Dentre os sinais de sua benevolência está o fato de que um homem cheio de cobiça e ignorância, foi ter com o Profeta (S.A.A.S.) enquanto este último dividia os bens, e disse-lhe: “Ó Mensageiro de Deus, seja justo...”
O Profeta (S.A.A.S.) lhe respondeu: “Calma! Quem será justo se eu não for? Estarei perdido se não for justo.”[1]
O Profeta (S.A.A.S.) retribuiu com benevolência e perdão, dando com isso um exemplo aos seus companheiros, para o seguirem. Dentre os sinais de sua benevolência está o fato de que perdoou os seus mais ferrenhos inimigos, os coraixitas que o combateram, agrediramno e não creram nele. Declararam guerra constante contra ele. Quando ele saiu de Mecca, formaram exércitos para eliminá-lo e apagarem a luz do Islam. Quando Deus, o Altíssimo, lhe concedeu a vitória e a evidente conquista de Mecca, os habitantes da cidade estavam convictos que ele iria se vingar deles. Ele, porém, perdoou-os, dizendo: “Podem ir, estais livres.” Foi um dos sinais de sua nobreza, da sublimidade de sua conduta. Ele não teve a conduta deles.
3. O Afastar-se dos Ignorantes
Dentre a sublimidade da conduta do Profeta (S.A.A.S.) está o afastar-se dos ignorantes. Deus, o Altíssimo, educou-o com essa sublime conduta. Disse: “Conserva-te indulgente, recomenda o bem e afasta-te dos ignorantes”.[2]
Ele argumentava com eles da melhor forma possível, não os tratava mal. Se persistissem e não aceitassem o argumento, afastava-se deles, abandonado os tateando nas trevas da ignorância.
4. A Fidelidade
Dentre a sublimidade de sua conduta estava a fidelidade. Ele foi o mais fel para as pessoas benévolas com ele. Um dos sinais de sua fidelidade é que ele costumava mencionar a sua esposa, a mãe dos crentes, Khadija, que lhe concedeu todo tipo de piedade e benevolência. Ela ficou do lado dele durante a provação do Islam. Ela ofereceu tudo que tinha em termos de riqueza a serviço do Islam. O Profeta (S.A.A.S.) agradeceu aquela benevolência, citando-a constantemente em agradecimento depois do falecimento dela.
Quando sacrificava alguma ovelha, escolhia a melhor parte e enviava para as amigas de Khadija. Aquilo perturbou Aicha, que lhe disse: “Ó Mensageiro de Deus, por que fca se lembrando de uma mulher idosa, de rosto vermelho, já que Deus lhe concedeu algo melhor do que ela?” O Profeta (S.A.A.S.) a censurou dizendo:“Deus não me concedeu algo melhor do que ela. Ela acreditou em mim quando fui rejeitado pelas pessoas, deu-me apoio com seu dinheiro, quando as pessoas me desapontaram. Ela me concedeu a filha que é a Senhora das mulheres do universo, a Fátima Azzahra (A.S.), e não tive filhos com outra mulher além dela.”
Hála, a irmã de Khadija foi uma vez visitá-lo. Ao ouvir-lhe a voz o Profeta (S.A.A.S.) ficou contente e deu-lhe calorosas boas-vindas. Ficou repetindo: “Hála, irmã de Khadija.” Isso certamente denotava a maior das fidelidades. Dentre os exemplos de suas fidelidades temos o fato de que sempre enviava sustento para uma de suas nutrizes. Quando, após a batalha de Hunain, foram trazidas as prisioneiras, e viu a sua irmã de leite entre elas, ordenou que fosse trazida para ele. Ao chegar, ele estendeu o seu manto para ela sentar nele. Ele lhe disse: “Se você quiser, poderá viver comigo, respeitada e honrada. Se você preferir, vou prepará-la para retornar ao seu povo.”
Ao escolher retornar, ele a libertou e a enviou para o seu povo. A fidelidade fazia parte de sua existência e era parte integral de sua personalidade. Essa manifestação não se restringia aos seus entes queridos ou aos seus amigos, na verdade, ele foi fel até com seus inimigos quando fazia acordo com eles.
[1] Livro Kanz Al Ummal, V. 11 – P. 303
[2] Alcorão Sagrado, Surat Al A’raf (7), Versículo 199