As-Sahifatu-As Sajjadíya Súplica Número XXXVIII

10:18 - 2023/05/24

-AS-Sahifatu- As Sjjadíya” é uma joia literária que expressa todos aqueles momentos em que o servo precisa encontrar Deus e transmitir suas necessidades, fraquezas, desejos, sentimentos, e transmitir o que está dentro de seu ser, para que, através da súplica, possa de alguma forma se levantar e se encontrar com Deus.

As-Sahifatu-As Sajjadíya Súplica Número XXXVIII

As-Sahifatu-As Sajjadíya Súplica Número XXXVIII

As-Sahifatu- As Sajjadíya (Súplicas) Do Imam 'Alí Ibn Al Hussain As-Sajjad (A.S.)

Ali Ibn Hussain Ibn Ali Ibn Abi Talib conhecido como Imam Sajjad e Zain al-Abidin é o quarto Imam infalível (que a paz esteja com ele).

Súplica Número XXXVIII

Sua Súplica na confissão da incapacidade de agradecimento.

1 - Ó Deus, certamente, ninguém pode alcançar o fim de agradecimento a Ti sem adquirir de Tua beneficência que requer dele outro agradecimento. E ninguém chega a um grau de Tua obediência, ainda que se esforce bravamente, sem ser negligente a respeito do que Tu mereces por Tua virtude e favor. Então, o mais agradecido de Teus servos é incapaz de agradecer-Te, o mais devoto deles é negligente a respeito de Tua obediência.

2 - Não é obrigatório para Ti perdoar a ninguém pelo que ele merece. Bem como também não comprazer-Te dele por isso. Se perdoares a alguém, é por Tua bondade e Tua graça, e se Te comprazes de alguém é por Tua virtude e favor. Tu dás uma abundante recompensa por uma obra escassa, aceitas e remuneras amplamente por um pouco de obediência, no ponto que parecesse que o agradecimento de Teus servos – pelo qual fizeste obrigatória a remuneração e o agradecimento de suas recompensas – é um assunto cujo impedimento está sob o poder deles e não em Teu poder, por isso os recompensaste tão amplamente; ou como se sua causa não estivesse em Teu poder por isso os remuneraste pelo pouco que agradeceram. Não! Não é assim! Senão que, pelo contrário, Tu, ó meu Deus, é o Dono de seus assuntos antes que eles fossem possuidores de Tua devoção, e Tu lhes preparaste suas recompensas antes de iniciarem a Tua obediência. Isto é assim porque Tua conduta é a bondade, Teu costume é a graça e Teu habito é o perdão.

03 - Pois, toda a humanidade reconhece que Tu não tratas injustamente a quem castigas, e atesta que foste abundante com quem favoreceste. Todos confessam ser negligentes com aquilo do qual Tu és merecedor por eles. Se o demônio não lhes enganasse a respeito de Tua obediência, ninguém Te desobedeceria, e se ele não enfeitasse a falsidade, configurando-a como verdade ante seus olhos, ninguém se extraviaria de Teu caminho.

04 - Então, Glorificado sejas! É claro e evidente a nobreza de Teu comportamento com quem tem-Te obedecido ou desobedecido, recompensando ao obediente com o que Tu mesmo preparaste para ele, e concedendo ao desobediente um prazo em seu castigo, cuja execução está em Tuas mãos. A cada um deles concedeste algo que não merece e o favoreceste com algo maior do que podem atingir suas obras. Se recompensásseis ao obediente pelo que lhe encarregásseis, sem dúvida, perderia a Tua recompensa, desapareceria dele a Tua graça. Mas Tu, pela Tua generosidade, as recompensas pelo curto e efêmero tempo, por um longo e permanente tempo, e recompensas pelo destino próximo e efêmero com outro destino eterno e constante.

05 - Ademais, não lhe cobraste a compensação pelo que consumiu de Teu sustento, que o fortalece em obedecer-Te. Nem foste exigente com os recursos que ele tem estabelecido como meios para chegar ao Teu perdão. Se Te tivesses comportado assim com ele, tudo o que tivesse obtido e o resultado de seus esforços desapareceriam frente ao mais insignificante de Tuas graças e dádivas. E em consequência ele mesmo resultaria preso perante Ti pelas Suas graças. Por isso, quando seria digno de algo de Tua recompensa? Nunca! Nunca!

06 - Ó Meu Deus, este é o estado de quem Te obedece e o destino de quem se esforça em Tua devoção. Quanto a quem desobedece Tua ordem e comete o que proibiste, Tu não Te apresses em Tua vingança para que ele substitua o estado da desobediência pelo da obediência a Ti. Na realidade, ele, no primeiro momento em que se propôs à desobediência a Ti, fez-se merecedor de todos os castigos que preparaste para todas Tuas criaturas. Em consequência, cada castigo que lhe tenhas atrasado e quanto Te tenhas afastado dele de Teu tormento e Tua vingança, é o abandono de uma parte de Teu direito e a complacência com menos do que Tu mereces. Pois, quem é mais nobre do que Tu, ó meu Deus? E quem é mais desafortunado do que aquele que resulta aniquilado por Tua oposição e desobediência? Não, ninguém!

07 - Glorificado sejas, e não mereces ser descrito, senão com a beneficência. E muito generoso de ser temido por algo, exceto por Tua justiça. Não se deve temer que Tu trates injustamente a quem Te desobedeceu, nem que sejas negligente a respeito da recompensa a quem faço para comprazer-Te.

08 - Então, abençoa a Mohammad e a sua família, e concede-me minha esperança e aumenta para mim Tua boa direção, através da qual possa atingir o êxito em minha ação. Porque certamente Tu és Benfeitor e Generoso.

Veja também Súplica Número XXXVII

As-Sahifatu-As Sajjadíya Súplica Número XXXVIII

As-Sahifatu-As Sajjadíya Súplica Número XXXVIII

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