O significado do lícito e do ilícito

09:31 - 2019/01/28

O ser humano carrega em si uma enorme energia criativa e possui uma vontade de liderança decisiva, através da qual consegue dirigir as potencialidades e as capacidades na direção que deseja. Com esses dois meios – o poder e a vontade – consegue fazer acontecer qualquer ato que esteja dentro dos seus limites, ou evitá-lo, afastandose dele.
Com o poder da prática dos atos e a mudança do poder para a sua concretização, consegue fazer o que quiser dentro dos atos humanos.

 O ser humano carrega em si uma enorme energia criativa e possui uma vontade de liderança decisiva, através da qual consegue dirigir as potencialidades e as capacidades na direção que deseja. Com esses dois meios – o poder e a vontade – consegue fazer acontecer qualquer ato que esteja dentro dos seus limites, ou evitá-lo, afastandose dele.
Com o poder da prática dos atos e a mudança do poder para a sua concretização, consegue fazer o que quiser dentro dos atos humanos. Ele consegue comer, beber, plantar,
fabricar aviões, remédios, construir cidades, organizar indústrias, etc.como, também, consegue matar, ingerir bebidas alcoólicas, cometer injustiças e causar destruições.

Com a vontade com que domina as suas diferentes forças, pode utilizá-las e orientá-las para onde quiser, consegue escolher e determinar os diferentes atos em sua forma e natureza, quer os bons e úteis, como os maus e maléficos.Com a vontade, consegue fazer acontecer o ato que se aplica à idéia do bem comum, que combina com a marcha  da existência benéfica,acrescentando à corrente do bem um novo elo e ampliando, dessa forma, o círculo de sua influência. Com esse ato, cria um acontecimento benéfico,  benévolo e útil, como extensão das tendências benéficas ocultas nas profundezas do ser humano, juntamente com os objetos e as coisas suscetíveis de criar resultados  semelhantes.

Assim, a ação torna-se possível de acontecer no mundo da existência, porque é o desenvolvimento de uma idéia benéfica e útil neste mundo. Ela se torna concreta, depois de passar pela fase de mera possibilidade e ter sido predeterminada na etapa de preparação. O Islã permite que a ação aconteça e suceda, desde que ela seja congruente com o desejo do bem e não represente perigo na marcha da vida. O Islã denomina esse ato com o qualificativo de “permitido” ou “lícito”, dando-lhe a possibilidade de acontecer e suceder, porque está livre da maldade e do vício e porque, na sua boa orientação e aplicação, há um bem para a humanidade. Da mesma forma que o homem conseguiu, com a sua  escolha, praticar os atos permitidos para acrescentar um novo elo à corrente dos atos humanos benéficos, ele consegue, também, escolher atos e posições opostas à constante marcha da existência benéfica, abortando o seu desenvolvimento e seus objetivos. Os exemplos que vão nesse sentido são a injustiça, a fraude, a fornicação, o  roubo, a corrupção, etc. Por isso, o Islã proíbe esse tipo de conduta e denomina isso de “ilícito”.
Além disso, o Islã consagra todos os meios para eliminar as causas da existência desse ilícito e o que incentiva o seu
acontecimento. O Islã se lança na operação da avaliação dos atos, como a prática da injustiça, ingestão de bebidas inebriantes, comer, beber, ter lucro e posse, entre outros, caracterizando-os como maléficos ou benéficos partindo do princípio:“Cada ato possui causas e efeitos que estão ligados ao próprio ato e seus atrativos, determinando a possibilidade de sua prática, tornando- o permitido ou lícito, ou proibindo-o,tornando-o proibido ou ilícito”.O Islã, então, não permite ou proíbe caprichosamente, mas
baseia-se, para determinar as suas leis, nas causas e efeitos da natureza do ato.Essa introdução e essas bases legais nos levam a deduzir o significado que o Islã dá ao ato considerado “ilícito”, enquanto não considera outras atividades humanas como tal. O Islã não torna o ato ilícito e não o proíbe a não ser por motivos e causas presentes no efeito e na natureza do ato.O objetivo do Islã, com a proibição, não é impor ao homem o negativismo, a restrição e a negação dos atrativos da vida.
O seu objetivo, ao proibir, é a preservação de uma vida particular e social saudável e a organização da marcha humana. Por meio da investigação e observação das coisas ilícitas no Islã, concluímos que a causa da proibição de qualquer ato é o malefício e o perigo intrínseco a ele. Esse perigo reflete a sua causa negativa e destrutiva no homem, na vida e na relação com o Criador da existência e Senhor do homem. Por isso, diz-se: “O Islã veio para eliminar os vícios e implantar os benefícios.”O homem conseguiu, com o progresso da ciência e do conhecimento, com o desenvolvimento da consciência e da compreensão científica e social, confirmar a validade e pertinência de muitas proibições existentes no Islã, como as bebidas alcoólicas, a fornicação,a usura, o monopólio, o entesoura.

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