O que o Alcorão acredita?

17:54 - 2024/06/08

O Alcorão oferece um guia completo para a vida humana, abrangendo crenças, moralidade e leis. Ele estabelece que a busca da felicidade é o objetivo fundamental do homem, refletido em suas ações. As pessoas são motivadas pela busca do que consideram felicidade, seja conforto material, entretenimento ou outros ideais.
As ações humanas são direcionadas por um plano ou programa específico, impulsionadas pela busca da felicidade e da prosperidade. Cada indivíduo segue um caminho ou modelo de vida, seja religioso ou secular, e suas atividades são governadas por leis ou costumes correspondentes. O Alcorão enfatiza a importância de seguir uma senda reta e adverte contra desviar-se dela.

Sayyid Muhammad Husayn Tabataba'i

O Alcorão contém o Padrão de um Modo de Vida Completo para o Homem A religião do Islam é superior a qualquer outra no que se refere ao que assegura felicidade na vida humana. Para os muçulmanos, o Islam é um sistema de crença com leis morais e práticas que têm sua fonte no Alcorão. Deus, Exaltado Seja, diz, “Em verdade, este Alcorão guia para a senda mais reta..[1].” . E também diz, “Temos revelado a ti, o Livro, que é uma explanação de todos os assuntos...”[2]. Essas referências exemplificam os numerosos versículos alcorânicos que mencionam os princípios da crença religiosa, das virtudes morais e um sistema legal geral que governa todos os aspectos do comportamento humano. Uma consideração dos tópicos seguintes possibilitará a compre[1]ensão de que o Alcorão fornece um programa abrangente de ação para a vida humana.
O homem não possui outro objetivo na vida senão a busca da felicidade e do prazer, o que se manifesta, sobretudo, no amor pelo conforto ou riqueza. Ainda que muitos indivíduos pareçam rejeitar essa felicidade, por exemplo, praticando suicídio, ou se afastando de uma vida de entretenimento, eles também, ao seu próprio modo, confirmam esse princípio da busca da felicidade; pois, ao atentarem contra a própria vida ou ao abandonarem o prazer material, ainda afirmam sua escolha pessoal do que a felicidade significa para eles.
As ações humanas, portanto, são dirigidas em grande medida pelas perspectivas de felicidade ou prosperidade oferecidas por uma determinada idéia, quer seja esta falsa ou verdadeira.
A ação do homem na vida é guiada por um plano ou programa específico. Esse fato é por si mesmo evidente, muito embora às vezes esteja oculto por sua própria aparência. O homem age de acordo com sua vontade ou desejos, e também avalia a necessidade de uma tarefa antes de executá-la. E nisso, é encorajado por uma lei científica inerente, isto é, executa uma tarefa para “si mesmo” para satisfazer necessidades que surjam diante dele. Há, portanto, uma ligação entre o objetivo de uma tarefa e sua execução.
Qualquer ação executada pelo homem, quer seja comer, dormir ou caminhar, ocupa seu próprio lugar e requer seus esforços específicos. Embora uma ação seja implementada de acordo com uma lei inerente, seu conceito geral está reservado na percepção do homem e é relembrado pelos movimentos associados a ela. Essa noção soa como verdade, quer ou não a pessoa seja obrigada a executar a ação, sendo ou não favoráveis às circunstâncias para tal.
Alcorão
Todo homem, no que diz respeito a suas próprias ações, é como o estado em relação a seus cidadãos, cuja atividade é controlada por leis, costumes e comportamentos específicos. Da mesma maneira que as forças ativas num estado estão obrigadas a se adaptar a determinadas leis, também está a atividade social de cada indivíduo que compõe a comunidade.
 Se assim não fosse os diferentes componentes da sociedade se fragmentariam e seriam destruídos num estado caótico num curtíssimo espaço de tempo.
Se a sociedade for religiosa, seu governo refletirá essa religiosi[1]dade; se for secular, será regulada por um código de lei correspon dente. Se uma sociedade não for civilizada, ou bárbara, um código de comportamento imposto por um tirano surgirá, do contrário, o conflito de vários sistemas ideológicos dentro dela produzirá um estado sem lei.
Portanto, o homem, como um elemento da sociedade, não tem escolha senão possuir e perseguir uma meta. É orientado na busca de sua meta pela senda correspondente e pelas leis que necessariamente devem acompanhar seu plano de ação. O Alcorão afirma essa noção quando diz que “Cada qual tem um objetivo traçado, empenhai-vos, pois, na prática das boas ações...[3]” . Na linguagem alcorânica, a palavra “din” basicamente é aplicada a um caminho, um modelo de vida, e nem o crente nem o descrente estão desprovidos de uma senda, seja esta profética ou produzida pela mente humana. Deus, exaltado seja, descreve os inimigos do din divino (religião) como os “... que afastam os demais da senda de Deus, tornando-a tortuosa...”.[4]

O Alcorão no Islam Allamah Ayyatullah Al-Odhmah Assayed Mohammad Hussein Al-Tabatabaí (K.S.) p 17

[1] . C.17 – V.9

[2] . C.16 - V89

[3] . C.2 – V.148

[4] . C.7 – V.45

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