O Alcorão Sagrado não é um livro histórico, o seu efeito é permanente, e é que os seus princípios prevalecerão até o Dia do Juízo. Esta Revelação Celestial está repleta de luz e verdade, é uma misericórdia do único Deus com o Seu povo escolhido, ou seja, toda a humanidade.
O idioma original do Alcorão é o árabe, e seu nome «Qur’an» significa «acessível para ser lido», referindo-se à Palavra Divina, que foi capturado em palavras e termos, de modo que sua leitura e compreensão sejam possíveis aos seres humanos. É dividido em 114 «suratas» ou capítulos, nos quais o número de versículos varia.
Todas as suratas, com exceção de «At-Tauba» (O Arrependimento), começam com a frase: «Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso»
A revelação veio gradualmente, durante 23 anos; num primeiro momento, incentivados pelo Profeta Muhammad (s.a.a.s), os fiéis memorizavam o texto do Alcorão. No entanto, foi necessário não confiar inteiramente na capacidade de memorização das pessoas, então o Mensageiro de Deus (s.a.a.s) selecionou um pequeno grupo de escreventes para a anotação precisa dos versículos. Um dos primeiros escribas da revelação foi Ali (a.s), o primeiro Imam, escolhido por Deus e o Profeta Muhammad (s.a.a.s), como seu executor e sucessor.
Elementos como madeira, ramos de palmeiras, papel, folhas de árvores, pedras, tecidos, couro e ossos, foram usados para gravar os versículos na ordem em que eram reveladas e, em alguns casos, por indicação do Profeta (s.a.a.s) ou o Anjo Gabriel (a.s) eram intercaladas em outras suratas.
Nos últimos dias de sua vida, o Mensageiro de Deus (s.a.a.s) designou Ali (a.s) para coletar o Alcorão, por isso foi depois de sua morte, o Imam (a.s) ficou em casa um pouco menos de seis meses e reuniu as Escrituras Sagradas em um exemplar (em árabe, mushaf), que permaneceu nas mãos dos Imames (a.s) como um legado de um para outro.