-A ciência goza de uma posição alta no Islã e há muitos versículos do Alcorão sagrado que confirmam essa realidade. O Sagrado Alcorão, além de insistir na importância de aprender a ciência convida os fiéis a pensar e razoar no mundo e nos sinais divinos.
Na escola do Islã, a ciência é como uma escalera para chegar o conhecimento divino e a fé, mas esse conhecimento que é uma luz para escapar da escuridão poderia converter-se num meio da desviação. Em outras palavras, a ciência parece uma arma de dois gumes que pode servir tanto a bem-estar individual e coletivo, como à destruição do indivíduo e da sociedade.Neste artigo falaremos sobre as características da boa ciência. Do ponto de vista do Islã, uma ciência que não tem benefício, não é desejável.
Incluído o profeta e os Imames (que a paz esteja com eles) se refugiaram em Deus ante desta ciência que não tem benefícia. Segundo o Imam Ali (que a paz esteja com ele), a melhor ciência é aquela que seja útil.Este Imam se dirige a seu filho, Imam Hasan Moytaba (que a paz esteja com ele) e diz: uma ciência que não seja útil, não é bom e se não tem benefício, então não é bom estudá-lo. Segundo o Imam Ali(que a paz esteja com ele), ademais, aprender a ciência útil é uma das características dos piedosos.
Em outro ditado, Imam Baquer (que a paz esteja com ele), considera um bom cientista cuja ciência é boa, melhor do que sete mil devotos. A perfeição da ciência com a fé, converte em bem e admitido pelo Islã. A boa ciência apresenta outra ideologia que não aceita a divisão da ciência em religiosa e não religiosa.
Neste sentido, O defunto o professor Morteza Motahari considera incorreta a divisão da ciência nas ciências religiosas e as ciências não religiosas e acredita que esta medida causa a ilusão de "alienação da chamada ciência não religiosa do Islã". O professor insiste que devido à amplitude e iminência do Islã, é necessário considerar a ciência religiosa qualquer ciência útil e necessária para a comunidade islâmica.
Este ponto de vista conecta a ciência com a fé e as considera como dois pilares da comunidade islâmica para conseguir a felicidade em ambos mundos. De acordo com os pontos de vista do professor Motahari, as sociedades islâmicas, há duas interpretações da ciência que seguem-se em duas instituições diferentes: ciência moderna se ensina em universidades e ciência islâmica se ensina em escolas teológicas. Essa consideração a ciência dualista tem sua raíz na confrontação entre a ciência moderna e a ciência islâmica, desde que a sociedade islâmica conheceu a ciência moderna.
A atitude negativa de cada uma dessas duas ciências fazia à outra, fez que cada um siga seu caminho e incluído resistir antes do outro. O confronto entre as ciências modernas e as ciências islâmicas se mostra recentemente no contexto de uma discussão sobre ciência religiosa. O debate entre defensores e opositores da ciência religiosa tem suas raízes na confrontação entre a ciência tradicional e a ciência moderna.
No conflito entre a ciência religiosa e a ciência não religiosa, o conceito de boa ciência é a base para a convergência da ciência religiosa e da ciência não religiosa, e este conceito pode levá-los do conflito à cooperação.O professor Motahari, para além de criticar a oposição ao estudo da ciência moderna e a ênfase na necessidade de aprender essas ciências por homens e mulheres, anuncia que “Não há dúvida de que a ciência por si só não garante a prosperidade da sociedade. A sociedade requer religião e a fé, do mesmo modo que a fé sem ciência não é útil. Num dos livros do professor Motahari vem: O Islã não aceita um cientista ateu, nem um religioso ignorante.