-“AS-Sahifatu- As Sjjadíya” é uma joia literária que expressa todos aqueles momentos em que o servo precisa encontrar Deus e transmitir suas necessidades, fraquezas, desejos, sentimentos, e transmitir o que está dentro de seu ser, para que, através da súplica, possa de alguma forma se levantar e se encontrar com Deus.
As-Sahifatu-As Sajjadíya Súplica Número XLVI parte 2
As-Sahifatu- As Sajjadíya (Súplicas) Do Imam 'Alí Ibn Al Hussain As-Sajjad (A.S.)
Ali Ibn Hussain Ibn Ali Ibn Abi Talib conhecido como Imam Sajjad e Zain al-Abidin é o quarto Imam infalível (que a paz esteja com ele).
Súplica Número XLVI
Sua Súplica na despedida do mês de Ramadan.
07 - Tu és Quem tem orientado a Teus servos através de Tua palavra, desde Tua ocultação ao conhecimento, e Teu incentivo no qual existe o ganho e suas porções e ao, qual se Tu o tivesses ocultado para eles, seus olhos nunca o teriam percebido, seus ouvidos jamais o teriam captado e suas imaginações nunca o teriam podido conceber. Por isso disseste: “Recordai-vos de Mim, que Eu Me recordarei de vós. Agradecei-Me e não Me sejais ingratos!”[1] . E disseste: “Se Me agradecerdes, multiplicar-vos-ei; se Me desagradecerdes, sem dúvida que o Meu castigo será severíssimo.[2]” E Tu disseste também: “E o vosso Senhor disse: Invocai-Me, que vos atenderei! Em verdade, aqueles que se ensoberbecerem, de Me adorarem, entrarão, humilhados, no inferno.”[3] Pois, Tu consideraste Tua súplica igual à adoração e consideraste o abandono da súplica, igual à arrogância. E tens cominado declarando que se abandonar a súplica produz o caminho do inferno em completa abjeção. Portanto, eles (teus servos) Te recordam por Tua graça. Agradecem-Te por Tua generosidade. Suplicam-Te por Tua ordem e colaboram por Ti, seus bens pedindo Teu incremento. Em tudo isto está sua salvação de Tua ira e seu triunfo através de Tua complacência.
08 - Se qualquer criatura se tivesse dirigido a outra da maneira em que Tu o fizeste para Teus servos, ela seria descrita por sua beneficência, qualificada por sua bondade e elogiada por todas as línguas.
09 - Assim que unicamente a Ti pertence o louvor, portanto, se encontre uma forma de abençoar-Te e enquanto que não fiquem palavras com as quais possas ser abençoado e significados que possam ser empregados em Teu louvor.
10 - Ó Quem favoreceu aos Seus servos com a beneficência e generosidade, inundando-os com a bondade e graça.
11- À extensão da graça com que nos favoreceste, de Tua benevolência para conosco e de Tua bondade que nos concedeste.
12 - Tu nos guiaste para Tua religião, que escolheste; o Teu credo, com o qual estás comprazido; e o Teu caminho, que tens aplainado, mostrando-nos a proximidade a Ti e a chegada a Tua majestade.
13 - Ó Deus, estabeleceste o mês de Ramadan entre os eleitos daqueles deveres e as mais especiais das obrigações, destacando sobre outros meses, elegendo-o sobre todos os demais tempos e eras, E preferiste-o sobre outras épocas do ano por ter revelado nele o Alcorão e pela luz da fé que Tu multiplicaste nele, o jejum que Tu fizeste obrigatório nele, a permanência em prece (ou vigília) que Tu incentivaste em seu tempo, e a Noite do Decreto, a qual tem engrandecido nele, uma noite que é melhor que mil meses. Depois, através dele, Tu nos preferiste sobre as demais comunidades. E através de suas virtudes nos escolheste com exclusão das pessoas de outras nações. Nós jejuamos por Tua ordem durante seu dia, e permanecemos em vigília com Tua ajuda durante sua noite, apresentando-nos com seu jejum e sua vigília à misericórdia que Tu expuseste perante nós e através dele procuramos os motivos para Tua recompensa.
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[1] O Sagrado Alcorão, Capítulo 2, versículo 152.
[2] O Sagrado Alcorão, Capítulo 14, versículo 7.
[3] O Sagrado Alcorão, Capítulo 40, versículo 60.