A Eternidade do Ser Humano na outra vida

20:29 - 2021/06/22

Deus disse no Alcorão sagrado: “...Perguntarão, então: Quem nos ressuscitará? Respondeu-lhes: Quem vos criou da primeira vez!...”.

Mais importante de tudo, a crença na ressurreição e na vida eterna, motiva e dá propósito à vida humana terrena e mantém os momentos preciosos da vida longe da banalidade e da falta de propósito. Por outro lado, ao debater a questão da Ressurreição, aborda-se uma importante questão histórica, filosófica, científica e social, pois, é isso que implica esta crença doutrinal e religiosa, que tem sido objeto de profunda atenção por parte de todos. As religiões divinas, incluindo o próprio Islã, e para as quais deram muita importância a crença na Ressurreição e na vida após a morte.

É tanto assim que o Alcorão Sagrado, sempre que menciona a crença na Ressurreição e na vida após a morte, o faz seguindo a crença em Deus. Tal é a importância que o Alcorão Sagrado dá a este assunto, que os exegetas deste Livro sagrado afirmaram que um terço do Alcorão Sagrado, direta ou indiretamente, trata da Ressurreição.

Deve ser entendido que o conceito de Ressurreição é muito amplo e abrange uma variedade de tópicos em si mesmo; No entanto, como este ensaio trata da Ressurreição apenas de forma breve, é natural que muitos dos aspectos secundários, e mesmo alguns aspectos fundamentais relacionados ao assunto, não sejam contemplados plenamente, ou não tenham sido estendidos de forma detalhada.

Apesar disso, pensamos nisso e apresentamos a discussão de forma que o leitor não precise se familiarizar com uma série de estudos extensos e detalhados. Este estudo, em nossa opinião, será especialmente útil para os jovens leitores que, por meio de uma breve análise, desejam obter tudo o que é necessário para saber sobre a Ressurreição e obter informações adequadas sobre o assunto.

A Eternidade do Ser Humano é possível?
Aqueles que negam a eternidade do ser humano afirmam que a realização de tal questão é radicalmente impossível. Eles explicam a impossibilidade de tal assunto por duas objeções:
1) Eles afirmam que Deus não tem o poder de ressuscitar o ser humano após a morte, ou conceder-lhe uma nova vida após a morte.
2) Sua segunda objeção é que é impossível recompor corpos que se deterioraram e viraram pó, e em tal estado eles não podem voltar à forma de um ser humano. Para isso, eles citaram considerações dos filósofos sobre as condições que devem ser satisfeitas para que algo exista. Os filósofos (islâmicos ou não) sustentam que para qualquer coisa existir, duas condições devem ser atendidas, a saber:

1. O poder e a vontade do executor.

2. Capacidade de recepção no receptor.
Em suma, se, por exemplo, existia o poder ou a vontade do executor, mas o receptor não tivesse capacidade para receber a matéria em questão, isso pode ser considerado impossível.
Aqui também, alguns acreditam que o Poder de Deus é infinito, mas reconstruir corpos danificados é em si um ato impossível.
O Sagrado Alcorão, em resposta à primeira objeção, passa a explicar o Poder Infinito de Deus, e compara a Ressurreição do homem após a morte com a grande criação dos Céus e da Terra e nos lembra que, Aquele que criou o todo o universo possui o poder de dar vida aos mortos. “Porventura, Quem criou os céus e a terra não será capaz de criar outros seres semelhantes a eles? Sim! Porque Ele é o Criador por excelência, o Onisciente!”.[1]

É evidente que a criação dos céus e da terra é mais colossal do que a criação do homem. Então, visto que Deus é poderoso o suficiente para criar toda a existência, ele não será poderoso o suficiente para recriar o ser humano, que por sua vez é uma parte de toda a existência?
O Sagrado Alcorão em resposta à segunda objeção também se refere à primeira criação do homem e diz: “...Perguntarão, então: Quem nos ressuscitará? Respondeu-lhes: Quem vos criou da primeira vez!...”.[2]
Em outro versículo, ele afirma: “E Nos propõe comparações e esquece a sua própria criação, dizendo: Quem poderá recompor os ossos, quando já estiverem decompostos? Dize: Recompô-los-á Quem os criou da primeira vez, porque é Conhecedor de todas as criações”[3].

O versículo anterior alude ao argumento filosófico que sustenta que se duas ou mais coisas são semelhantes, quanto à sua contingência (ou possibilidade de existir) ou falta dela, elas terão a mesma possibilidade de existir ou não existir; isto é, se um é possível (existir) o outro também será possível (existir), e vice-versa, se um for impossível (existir), o outro também será impossível (existir) ...

 

[1] Alcorão sagrado. C.36, V.81.

[2] Alcorão sagrado. C.17, V.51.

[3] Alcorão sagrado. C.36, V.79.

Tratar do tema da Ressurreição do ser humano, na realidade, é uma resposta a uma questão geral e universal. É também a resposta a uma necessidade individual e social, no sentido de que, ao demonstrar a vida após a morte, se satisfaz uma das necessidades mais importantes da humanidade, ou seja, o desejo de sobreviver (o amor à imortalidade e à eternidade).

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