A situação atual do Brasil II

13:07 - 2021/11/15

-O Brasil, uma das nações distintivas da América Latina no plano político, econômico e social, especialmente na América Latina democrática e progressista da chamada idade de ouro, durante o período 2003-2016, transfigurou-se em um país ameaçado e exposto nação por uma liderança, no mínimo dos casos, rotulada como fascista, mas, ao mesmo tempo, ao contrário dos governos fascistas na história, profundamente inepta.

A situação atual do Brasil II jair bolsonaro presidente do brasil

Continuação do artigo anterior:

Fórmula de poder
Mas o que essa fórmula de poder trouxe ao Brasil quase, três anos após a ascensão de Bolsonaro? É uma pergunta dos mais planteados. Bolsonaro, como representante dessa tríade de frações do poder, atingiu limites impensáveis como defensor do autoritarismo que esmaga as minorias sociais, atingiu os maiores níveis de destruição na Amazônia e tem sido o principal responsável pela crise de saúde decorrente da COVID 19 no Brasil.
Tem impulsionado os projetos conservadores (educação em casa, a luta contra as chamadas "ideologias de gênero" na educação nacional) exigidos pelas igrejas evangélicas, e as reformas econômicas neoliberais (privatizações, reforma administrativa, austeridade) que agradam aos lobbies patronais e bancário. (Vandenberghe e Pereira, o Brasil de Bolsonaro ou a estratégia do caos, 2021)

O mundo ficou perplexo diante de cada declaração pública, diante de cada decisão política e cada movimento gerado pelo Bolsonaro. Deixando o retorno de práticas autoritárias, conservadoras e fascistas que pareciam inconcebíveis após a saída do período ditatorial dos anos 60 aos 80.
Bolsonaro também tem sua fada protetora, nada mais nada menos que a força militar brasileira. Como ex-capitão do exército, ele apoiou a administração do governo proto-fascista com um grande número de cargos militares, concedendo poderes adicionais às forças armadas e lavando ele a cara das aberrações cometidas pela ditadura militar.

Bolsonaro, um ex-capitão do exército, encheu seu governo de direita com militares, deu poderes adicionais às Forças Armadas e fez o possível para limpar o nome da ditadura militar que governou o país por duas décadas, até 1985.
Não se pode deixar de agregar ao desenvolvimento das políticas conservadoras do governo Bolsonaro, ao fenômeno da força militar administrando parte do governo, ao retorno das medidas neoliberais à economia.E à política brasileira, e ao desastre em termos de gestão ambiental e sanitária, a proximidade e alinhamento do Bolsonaro com o governo norte-americano.
Ruptura de alianças
A firma da Agenda para a Prosperidade com Trump ao longo de 2019 consolidou esse alinhamento, e estendeu outros acordos de colaboração comercial, regulação e abertura da economia norte-americana sobre a brasileira, além de propiciar com isso uma lógica de ruptura de alianças e acordos.com os países do Sul, alcançada pelos governos, Lula e Dilma Rousseff.
Bolsonaro também passou de planejar a irrelevância do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e ameaçar deixar o bloco (Frenker e Azzi, Jair Bolsonaro e a desintegração da América do Sul, 2021)

O Brasil, que passou a ser apontado como a 8.ª potência mundial, um farol da nossa região americana, sem dúvida teve que suportar esse período obscurantista, "a reedição de um ontem sombrio", como descreveu Waldo López em uma análise do documentário "Democracia em vertigem "de Petra Costas sobre a história recente do Brasil e o papel do Bolsonaro, parece que empurra para levantar a cabeça e limpar a vergonha de este retrocesso. O peso das decisões fica com o povo brasileiro, em suas instituições, nos princípios constitucionais e democráticos, e à luz da compreensão da história e da memória.

O que aconteceu no Brasil quase três anos após a ascensão de Bolsonaro? O ex-capitão, como representante de uma tríade de facções de poder, atingiu limites impensáveis como defensor do autoritarismo proto-fascista que esmaga as minorias sociais, promoveu um pacote de reformas econômicas neoliberais, atingiu os mais altos níveis de destruição na Amazônia, e tem sido o principal responsável pela crise de saúde provocada pela COVID 19 no Brasil. No entanto, sob a soma dos elementos de sua política errática e desesperada, a popularidade de Bolsonaro está despencando e, após vivenciar "a reedição de um ontem sombrio", o peso das novas decisões permanece sobre o povo brasileiro, em suas instituições, nos constitucionais e princípios democráticos, e à luz da compreensão da história e da memória. Tudo contra o relógio.

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