Islam Versus Pessimismo

12:08 - 2023/02/19

Os indivíduos acometidos de suspeita temem as pessoas, como Imam Ali (A.S.) disse: “Aquele que alimenta suspeitas teme a todos”. (ghurar al hikam p.712)

Islam Versus Pessimismo

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Pessimismo: O Alcorão avalia o pessimismo e o mau pensamento como sendo pecados e alerta os muçulmanos sobre o ato de suspeitar dos semelhantes: “Os fiéis, evitai tanto quanto possível a suspeita, pois, algumas suspeitas implicam em pecado…” (49:12)
O Islam proíbe a suspeita se a prova decisiva não existir. O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) disse: “Um muçulmano é sagrado para o outro, seu sangue e sua propriedade, e é proibido um muçulmano suspeitar do outro”. (Musnad de Ahmad Hambal v.2 p.777, v.3 p.491)
Portanto, assim como é proibido passar a propriedade de uma pessoa para outra sem a devida prova, é também proibido suspeitar e acusar as pessoas sem antes provar a culpa com prova indubitável. O Príncipe dos Fiéis (A.S.) disse: “Não há direito em julgar o que é digno de confiança apenas com base em especulação”. (Nahjul Balagha p.174)
Ele também esclareceu os prejuízos e aspectos lamentáveis da suspeita quando disse: “Cuidado com a suspeita, pois, a suspeita arruína a adoração e torna os pecados maiores”. (ghurar al hikam p.154)
Ele ainda descreve a suspeita em relação às pessoas bondosas como um ato opressor: “Suspeitar dos bondosos é o pior dos pecados e o tipo mais repugnante de opressão”. (ghurar al hikam p.434)
Também disse que a suspeita contra aqueles a quem se ama provoca a deterioração das relações e por fim, o rompimento: “Aquele que é dominado pela suspeita não deixa nenhuma paz entre ele e a pessoa a quem ama”. (ghurar al hikam p.698)

A suspeita tem efeitos adversos no espírito e na conduta tanto do indivíduo como dos demais. Às vezes a suspeita desvia as pessoas vitimadas por ela da senda reta, conduzindo-as à corrupção e aos atos vis. O Imam Ali (A.S.) disse: “A suspeita corrompe os assuntos e instiga a maldade”. (ghurar al hikam p.433)
Dr. Marden escreve: “Alguns empresários suspeitam que seus empregados estejam cometendo furtos, o que leva os suspeitos a incorrerem no erro. Muito embora a suspeita não apareça nas palavras ou nas ações, ela influencia o espírito do suspeito e o induz a praticar aquele determinado erro”. (Pirozi Fikr)
O Imam Ali (A.S.) também declarou sobre a suspeita: “Evitem a suspeita quando não se justifica, pois, a suspeita faz a saúde se transformar em doença, e leva o inocente à dúvida”. (ghurar al hikam p.152)

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Declarou ainda que aqueles que são acometidos pela suspeita são privados da saúde física e espiritual: “Uma pessoa acometida de suspeita nunca será saudável”. (ghurar al hikam p.835)
Dr. Carl escreveu sobre esse tópico: “Alguns hábitos, tais como a queixa e a suspeita em relação às pessoas, reduzem a energia vital do indivíduo. Esses hábitos comportamentais negativos influenciam de modo prejudicial o funcionamento glandular. Também provocam sérios prejuízos ao organismo”. (Rah wa Rasm Zindagi)
Dr. Marden acrescenta: “A suspeita elimina a saúde e debilita as energias comportamentais. Os espíritos equilibrados nunca esperam o mal, ao contrário, têm expectativas acerca do que é bom a todo o momento, pois, sabem que a bondade é uma realidade eterna, e que o mal não é senão obra do enfraquecimento das energias da bondade, assim como a escuridão é resultante da ausência da luz. Assim sendo, procuram o caminho da luz para que este elimine a escuridão dos corações”. (Pirozi Fikr)

Os indivíduos acometidos de suspeita temem as pessoas, como Imam Ali (A.S.) disse: “Aquele que alimenta suspeitas teme a todos”. (ghurar al hikam p.712)
Afirma-se que o Dr. Farmer disse: “Aqueles que temem expressar abertamente suas idéias e pontos de vista, onde todos o fazem, e que procuram refúgio nos becos e nas ruas secundárias para evitar o encontro com seus parentes em lugares públicos, são dominados pelo medo, pela suspeita e o pessimismo”. (Raz-e Khoshbakhti)
Um dos fatores que provocam a suspeita são as más recordações que estão escondidas no espírito do indivíduo. O Imam Ali (A.S.) disse: “Os corações têm noções nocivas e os intelectos se ressentem com isso”. (ghurar al hikam p.29)

Dr. Halem Shakhter disse: “Aqueles que carecem de autoconfiança são muito sensíveis, de modo que sofrem com os menores dissabores. A memória de tais dissabores permanece em seu subconsciente e influência suas ações, palavras e pensamentos. Logo caem nas malhas da depressão e da suspeita e não percebem a razão que está por trás de seu sofrimento.
As memórias dolorosas se ocultam além de nossos sentimentos e não se manifestam facilmente. Ou seja, é natural que uma pessoa evite as memórias dolorosas e as elimine de sua mente. Esse inimigo oculto nunca para de insuflar o mal e o ódio em nossa alma, em nosso procedimento e conduta. Às vezes, ouvimos ou encontramos palavras, ou ações, nossas ou de outros, para as quais não encontramos explicação racional. Contudo, se as examinarmos cuidadosamente perceberemos que foram causadas pelas más recordações”. (Rashd-e Shakhsiyyat)

Pessoas de natureza vil elegem a si mesmas como juízes das ações alheias, assim, as más ações dos outros se refletem nelas. O Imam Ali (A.S.) observou esse fato quando disse: “Os malfeitores nunca pensam positivamente sobre ninguém porque veem os outros com sua própria natureza”. (ghurar al hikam p.80) Afirma-se que o Dr. Mann disse: “Algumas pessoas culpam os outros se queixando de suas ações enquanto elas fazem exatamente a mesma coisa, agem assim para compensar suas próprias deficiências como uma espécie de autodefesa. Este comportamento é descrito como um método de evitar a ansiedade; a comparação de si mesmo com os outros é uma ação cheia de ressentimento. Quando essa condição se intensifica e a autodefesa aumenta, o indivíduo se inclui na categoria dos mentalmente doentes. Essa defesa pode ser provocada ao se fazer algo socialmente inaceitável que por sua vez cria a sensação de carência ao se relacionar com os outros”. (Usul-e Ravanshinasi)
Quando o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) entrou em Medina, ao migrar de Meca, um homem se aproximou dele e disse: “Ó Mensageiro de Deus, as pessoas desta cidade são bondosas, são generosas; tu fizeste bem em vir para cá”.

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O Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) respondeu a ele: “Disseste a verdade”. Outro homem veio até o Profeta e disse: “Ó Mensageiro de Deus, as pessoas desta cidade são más, seria melhor que não viesses ao encontro delas!” O Mensageiro de Deus então disse: “Disseste a verdade”. Quando o povo ouviu a resposta do Profeta para os dois homens, o questionaram sobre aquilo.
O Profeta respondeu: “Cada um deles falou o que havia em sua mente, portanto, os dois são verdadeiros”. O Profeta (S.A.A.S.) quis dizer que cada um dos homens tinha falado a verdade sobre si mesmo.

O tipo de suspeita que é proibido está claramente entendido como sendo o pensamento errôneo (sobre alguém ou algo) e a inclinação da alma para pensar o mal e insistir nisso. Mais proibido do que esse tipo de suspeita é a ação baseada nela. Porque os pensamentos e ideias que passam na mente sem quaisquer efeitos reais na conduta do indivíduo não podem ser considerados sujeitos à legislação islâmica. Tais pensamentos são involuntários, evitá-los também é involuntário; porém, é opção do indivíduo manifestá-los ou não em suas ações.
A infelicidade dos pessimistas se origina dessa terrível desordem (mental). Portanto, é um dever daqueles que são capazes de definir as razões, que os tenha levado a uma demasiada desconfiança, tratá-las e libertar-se de tais infortúnios.
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