A maior parte dos crimes brutais que ocorrem na atualidade tem origem na inveja; fato que se torna evidente com um exame cuidadoso dos acontecimentos sociais.
O Invejoso Arde no Fogo do Fracasso e da Privação
Um dos mais eficazes elementos de progresso e desenvolvimento na arena da vida é penetrar os corações alheios e influenciá-los.
Aqueles que são capazes de controlar os corações por sua habilidade pessoal e nobres características contam com o apoio dos membros da sociedade durante seu avanço na vida; por isso recebem as chaves do sucesso. Pessoas bondosas são como luzes na sociedade; brilham e orientam os pensamentos dos demais deixando profundos efeitos sobre seu comportamento.
Por outro lado, a inveja provoca a destruição das boas características e da boa conduta, impede que o coração das pessoas reserve um valioso espaço para seus companheiros, ou que se descubra a estrela do amor brilhando no céu de suas vidas. Assim sendo, a inveja afasta daquele que a abriga em si os sentimentos de cooperação e auxílio.
Ademais, quando o invejoso manifesta seu sentimento com palavras ou ações, e torna pública sua sujeira moral, recebe somente ondas de ódio e ressentimento. A aparente ansiedade e a profunda tristeza que impõe a si mesmo, por meio da inveja, pressionam seu espírito e acendem um fogo dentro dele que faz arder sua alma.
A razão disso é evidente, pois, a Providência Divina está constantemente aumentando, apesar de suas expectativas.
Ele sofre continuamente com a tristeza e a amargura que eclipsam seu coração. A inveja se assemelha a uma tempestade destruidora que arranca as árvores da moralidade de suas raízes, com tal intensidade que o invejoso não encontra um meio que a faça parar.
Quando Caim percebeu que o sacrifício de Abel era aceito, ao contrário do seu, o invejou e planejou assassiná-lo. A inveja havia cravado suas garras em seu coração e arrancado dele os sentimentos fraternais e humanos. Levou-o então a esmagar a cabeça de seu irmão com uma imensa pedra, afogando seu corpo santificado em sangue.
Caim praticou esse crime apenas porque Abel tinha intenções puras e uma boa conduta. O universo testemunhava o primeiro crime de inveja, o crime desprezível cometido por um filho de Adão. Depois de cometer esse crime, Caim se sentiu pesaroso; porém, a tristeza que experimentou não lhe foi útil, pois, caiu vítima da reprovação de sua consciência pelo resto da vida. Se Caim tivesse refletido de uma maneira realista e cuidadosa, teria encontrado a razão de sua privação das Bênçãos Divinas, pois, como diz o Alcorão: “Deus aceita somente (as ações) dos piedosos”. (5:27)
O Invejoso Arde no Fogo do Fracasso e da Privação
De acordo com Schopenhauer: “A inveja é o mais perigoso dos sentimentos humanos. Portanto, é preciso que o homem a considere sua arqui-inimiga; e que se empenhe em retirá-la do caminho para sua felicidade”.
Além disso, se a inveja se difundir numa sociedade, muitos fenômenos indesejáveis se manifestarão nela, tais como discussões, etc. Numa sociedade que é cheia de problemas e dificuldades, todo indivíduo se torna um obstáculo à felicidade dos demais, em vez de ser um elemento de integridade e aperfeiçoamento social. Quando a inveja entra numa sociedade, impede sua salvação, por isso o espírito de cooperação, a tranquilidade e a confiança entre as pessoas são eliminadas, um problema que as levas à destruição apesar de sua civilização e desenvolvimento.
De acordo com o Dr. Carl: “A inveja é responsável por nossa mesquinhez, pois, é um obstáculo para que o progresso dos países industrializados chegue ao Terceiro Mundo. A inveja também impede que muitas pessoas capacitadas liderem seus países”.