-Desde o momento em que o Profeta (s.a.a.s) faleceu e ainda não havia sido enterrado, sérios desentendimentos ocorreram entre os muçulmanos.
Eventos político-sociais após o falecimento do Profeta Mohammad; O grande teste para os muçulmanos
Nenhum escritor pode descrever, exata e profundamente o desastre e a sedição que atacaram a nação islâmica após da partida do profeta, como foi descrito pelo Alcorão no seguinte versículo:
“Mohammad não é senão um Mensageiro, a quem outros mensageiros precederam. Porventura, se morresse ou fosse morto, voltaríeis à incredulidade? Mas quem voltar a ela em nada prejudicará Deus; e Deus recompensará os agradecidos.”[1]
Desde o momento em que o Profeta (s.a.a.s) faleceu e ainda não havia sido enterrado, sérios desentendimentos ocorreram entre os muçulmanos. Devido a diferentes grupos foram estabelecidos após o falicimento do Profeta (s.a.a.s). A seguir estão alguns destes:
OS alawitas
Eles foram a família do Profeta Mohammad(s.a.a.s) sob a liderança do Imam Ali (a.s), o chefe da progênie pura, a porta de entrada para a cidade do conhecimento do Profeta e o pai de seus dois netos. Este foi Amir al-Mu'minin a quem o Profeta homenageou no dia de Gadir Khumm e nomeou califa em homenagem a ele. O melhor dos companheiros do Profeta, outros como Ammar ibn Yasir, Abu Dharr, Salman o Persa, e muitas outras pessoas confiáveis e religiosas seguiram Imam Ali.
O Grupo dos Coraixitas
Isso inclui companheiros famosos como: Abu Bakr, 'Umar, Abu Ubaydah ibn al-Jarrah e Khalid ibn al-Walid. Este grupo representava a opinião do povo coraixita em Meca. Alguns dos Ansar, como: Bashir ibn Sa'd ibn Tha'alabah al-Kahzrayi e outros se juntaram a este grupo. Eles disseram que o califado era direito deles, porque o Profeta (s.a.a.s) pertencia à tribo dos coraixitas. Essas pessoas nem foram ao funeral e não participaram da oração ou do enterro do falecido, porque estavam ocupadas na conferência Saquifa[2].
Eventos político-sociais após a morte do Profeta Mohammad
O Grupo dos Ansar
Os Ansar foram os pilares do exército islâmico que foi construído em sua Jihad e sacrifício. Estes eram de duas correntes, Aws e Khazraj.
Essas duas tribos se desentenderam, se odiaram e derramaram sangue antes da imigração do Profeta para Medina. A última guerra entre eles foi a guerra de Bugath, seis anos antes da imigração do Profeta para eles. Quando o Profeta migrou para Medina tentou da melhor forma espalhar amor e paz entre eles, porém, rancores foram escondidos dentro deles e eles apareceram no dia da Saqifa. Yudhayr ibn Usayd, o chefe dos Aws, estava cheio de rancor contra Sa'd ibn 'Ubadah quando os Ansar se nomearam para o califado, ele disse a seu povo:
"Se você der a Sad'd o califado uma vez, ele nunca o deixará e você nunca mais o verá, então levante-se e dê seu voto a Abu Bakr..."[3]
No entanto, este grupo foi eficaz após a morte do Profeta Mohammad(s.a.a.s). Falaremos sobre o evento que levou à grande prova que trouxe o mal a todos os muçulmanos ao longo da história.
[1] Alcorão sagrado. C.3 V.144 وَمَا مُحَمَّدٌ إِلاَّ رَسُولٌ قَدْ خَلَتْ مِن قَبْلِهِ الرُّسُلُ أَفإِيْن مَاتَ أَوْ قُتِلَ انْقَلَبْتُمْ عَلَى أَعْقَابِكُمْ وَمَن يَنْقَلِبْ عَلَى عَقِبَيْهِ فَلَن يَضُرَّ اللَّهَ شَيْئاً وَسَيَجْزِي اللّهُ الشَّاكِرِينَ
[2] Saqifa significa galpão. A maioria dos companheiros do Profeta se reuniu no galpão Bani Sa'ida naquele dia para escolher um califa depois do Profeta, embora o Profeta tenha nomeado Imam Ali (a) para esta posição e anunciado anteriormente aos muçulmanos em muitas ocasiões.
[3] Tareekh Ibn Atheer, Vol. 2, P. 224