-“AS-Sahifatu- As Sjjadíya” é uma joia literária que expressa todos aqueles momentos em que o servo precisa encontrar Deus e transmitir suas necessidades, fraquezas, desejos, sentimentos, e transmitir o que está dentro de seu ser, para que, através da súplica, possa de alguma forma se levantar e se encontrar com Deus.
As-Sahifatu-As Sajjadíya Súplica Número XLVIII parte 8
As-Sahifatu- As Sajjadíya (Súplicas) Do Imam 'Alí Ibn Al Hussain As-Sajjad (A.S.)
Ali Ibn Hussain Ibn Ali Ibn Abi Talib conhecido como Imam Sajjad e Zain al-Abidin é o quarto Imam infalível (que a paz esteja com ele).
Súplica Número XLVIII
Sua Súplica na jornada de Arafa
Arafa. É o nono dia do décimo segundo mês do calendário lunar Islâmico. Nele a peregrinação deve ser feita e o seu início começará neste dia sagrado. O Profeta Mohammad disse que a essência da peregrinação é concluída neste nobre dia.
54 - Não me envolve naquilo que não posso alcançar, exceto com Tua ajuda e que Te compraz de mim, exceto isso. Arranca de meu coração o amor à sórdida vida mundana, pois ela evita que atenda ao que está perante Ti (as felicidades eternas), impede a busca dos recursos para Ti e faz esquecer da aproximação de Ti.
55 – Torna agradável a mim de comungar contigo, em solicitude, noite e dia. Concede-me uma proteção que me aproxime de Tua piedade, que me evite incorrer no que proibiste e me livre de ser cativo dos grandes pecados. Purifica-me da mancha da desobediência e evita mim a sujeira dos erros. Cobre-me com o manto de Tua saúde, abriga-me com o casaco de Teu bem-estar e enfeita-me com a abundância de Tuas graças, fazendo contínuos para mim Teu favor e riqueza. Confirma-me através de Teu êxito e retidão. Ajuda-me a respeito da intenção justa, da palavra admissível e da obra boa.
56 - E não me deixes mercê o meu poder nem a minha força em lugar de Teu poder e Tua força. Não me envergonhe o dia em que me ressuscites para o encontro contigo, nem me escandalizes perante Teus amigos. Não me faça esquecer Tua recordação, nem apartes de mim o agradecimento a Ti. Pelo contrário, afeiçoa-o a mim nos estados de desatento e perante as negligências dos ignorantes a respeito de Tuas graças. E inspira-me o louvor a respeito do que me concedeste e o reconhecimento a respeito do que me ofereceste. Faz que meu desejo por Ti seja superior ao desejo dos desejosos. E que meu louvor para Ti esteja acima do louvor dos que louvam.
57 - Não me humilhes perante minha necessidade de Ti, nem me aniquiles pelas obras que Te ofereci. Não me recuses indelicadamente tal como o fazes com os rebeldes. Certamente, eu estou submetido a Ti. Eu sei que Tua prova e Teu argumento pertencem perfeitamente a Ti. E Tu que é o mais digno quanto ao favor e o mais acostumado à beneficência. Que é superior a respeito da benevolência e do perdão. Que é merecedor de que seja piedoso por Ti e que Te tema. Certamente, que Teu perdão é maior do que Teu castigo, então és mais digno de perdoar do que de castigar e que a Tu ocultação às faltas e aos defeitos de Teus servos está acima de Tua exposição, estando mais perto de ocultar do que de descobrir.
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