O dito é aceito por todos e é uma prova de que os califas do Profeta (S.A.A.S.) são em doze.os sunitas permanecem em dúvida sobre esta questão e não enxergaram nenhuma saída a respeito dela, pois se alegarem apenas os quatro califas como legítimos então se distanciariam desta tradição acima, e se incluirem os califas omíadas e abássidas o número será bem maior que o definido e informado pelo Profeta Mohammad (S.A.A.S.). E com isso cada um alega uma coisa, tudo com base em seus interesses, como se o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) tivesse deixado esta decisão tão importante em vão.

Xiitas ou Imamitas?
Xiitas são seguidores e simpatizantes unidos sob uma ideia ou posição. Este termo foi utilizado no Alcorão Sagrado com o significado de auxiliar ou apoiar, como Deus disse nos versículos abaixo: Deus o Altíssimo disse no Alcorão Sagrado: “Sabei que entre aqueles que seguiram o seu exemplo estava Abraão[1]”. Deus o Altíssimo disse no Alcorão Sagrado: E entrou na cidade, em um momento de descuido, por parte dos seus moradores, e encontrou nela dois homens brigando; um era da sua casta, e o outro da de seus adversários...[2]”
Já o significado do termo no Islam em geral é o da vertente islâmica cujo a qual seus seguidores creem nos cinco pilares do Islam, que são: os dois testemunhos, a oração, o jejum, o zakat e a peregrinação. E também acreditam nas seis bases da fé, que são: a fé em Deus, em Seus anjos, em Suas mensagens, em Seus livros e o dia do Juízo Final, e no Qada´ e Qadar, seja o bem ou o mal. Os xiitas somente se destacam dos sunitas por serem seguidores dos Ahlul Bait (que a paz esteja com eles) e pela visão deles a cerca do califado e o Imamato, o que na verdade faz parte dos princípios da religião.
Os xiitas acreditam que Deus o Altíssimo escolheu os Ahlul Bait (que a paz esteja com eles) e os elegeu para que se tornassem os carregadores da mensagem islâmica e seus guardiões, os educadores e orientadores das próximas gerações após o falecimento do Profeta Mohammad (S.A.A.S.), pois acreditam que Deus os abençoou com alguns atributos extraordinários e exclusivos, entre tais o sucesso, o conhecimento e a purificação de todo tipo de abominação e pecado, e com base nisso a liderança da nação islâmica após o falecimento do Profeta Mohammad (S.A.A.S.) seria de legítimo direito dos Imames Ali (que a paz esteja com ele) e seus Ahlul Bait (que a paz esteja com eles).
O termo xiita é dado para quem reconhece que o sucessor do Profeta Mohammad (S.A.A.S.) e o seu califa é o Príncipe dos Fiéis (que a paz esteja com ele) sem nenhuma dúvida. Aqueles que contrariam isso são chamados de “Ammah – público geral” e os termos “Imamiyah e Ithna Ashariyah – Xiitas duodecimanos” são exclusivos de quem reconhece os doze imames (que a paz esteja com eles) após o Profeta Mohammad (S.A.A.S.). Mas há outras escolas xiitas com posições contrárias.
A saber: Zaydiyah: Alegam o imamato de Zaid ibn ali ibnol Hussein (que a paz esteja com ele) após o seu pai, sendo que alguns até alegam que ele é o Imam após o Imam Al-Hussein (que a paz esteja com ele).
Al-Kisaniyah: Alegam o imamato de Mohammad ibn Al-Hanafiyah, irmão do Imam Hussein (que a paz esteja com ele), sendo que algunsaté alegam que ele é o Imam Al-Qa´em, o Aguardado.
Al-Isma´iliyah: Alegam o imamato de Isma´il ibn Jafar Assadeq (que a paz esteja com ele), que faleceu durante a vida de seu pai Imam Assadeq (que a paz esteja com ele).Entre outras vertentes desviadas e inovadoras.
E nós provamos com evidências concretas e claras o Imamato (Liderança) dos doze Imames, que são: Ali ibn abi Taleb, Al-Hassan, Al-Hussein, Ali ibnol Hussein, Mohammad ibn Ali, Jafar ibn Mohammad, Mousa ibn Jafar, Ali ibn Mousa, Mohammad ibn Ali, Ali ibn Mohammad, Al-Hassan ibn Ali, Mohammad ibn Al-Hassan Al-Mahdi, o Imam da era, e todas as demais vertentes estão anuladas e erradas, sejam aquelas que existem até o momento ou as extintas. A verdadeira é única, e todas as outras estão anuladas, pois o contrário da verdade é a falsidade. Vamos nos basear nas provas sobre a liderança dos doze Imames (que a paz esteja com eles) com base no que os contrários a ela narraram.
Jaber ibn Summarah relata:“Entrei com meu pai para ver o Profeta Mohammad (S.A.A.S.) e o ouvi dizer: Esta missão não se concretizará até que venham os doze Califas. Então, ele sussurrou ao meu pai. Daí eu perguntei para meu pai o que ele disse. A resposta foi: Todos são Quraishitas[3]”. De acordo com Amer ibn Sa´ad ibn Abi Waqqas, ele disse: Escrevi a Jaber ibn Samrah com um empregado Nafe´ que me narrou algo do Mensageiro de Deus (S.A.A.S.). Ele disse: Escreva a ele que ouvi o que o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) disse numa sexta-feira: “A religião estará de pé até o dia do Juízo Final, e certamente haverão doze califas sobre vocês, todos são de Quraish[4]”
Masruq disse: Estavamos sentados ao lado de Abdullah ibn Mas´ud enquanto ele recitava o Alcorão Sagrado, então, um homem disse a Abu Abdul Rahman: “Vocês perguntaram ao Mensageiro de Deus (S.A.A.S.)quantos califas tem esta nação?” Então Abdullah ibn Mas´ud disse: “Ninguém me perguntou isso desde quando cheguei ao Iraque”, e então disse: “Sim, nós perguntamos isso ao Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) e ele disse: “Doze, o mesmo número de tribos do povo de Israel[5]”.
O dito é aceito por todos e é uma prova de que os califas do Profeta (S.A.A.S.) são em doze. Enfim, uma evidência muito clara para todos nós, e este número é o numero exato entendido pelos xiitas imamitas duodecimanos, são os doze Imames dos Alhul Bait (que paz esteja com ele), o primeiro é Ali (que paz esteja com ele) e o último é o Al-Mahdi (A.S.).
Já os sunitas permanecem em dúvida sobre esta questão e não enxergaram nenhuma saída a respeito dela, pois se alegarem apenas os quatro califas como legítimos então se distanciariam desta tradição acima, e se incluirem os califas omíadas e abássidas o número será bem maior que o definido e informado pelo Profeta Mohammad (S.A.A.S.). E com isso cada um alega uma coisa, tudo com base em seus interesses, como se o Mensageiro de Deus (S.A.A.S.) tivesse deixado esta decisão tão importante em vão.
[1] . Alcorão Sagrado, C.37 – V.83
[2] . Alcorão Sagrado, C.28 – V.15
[3] . Sahih Muslim, v 6, p 3 / Sahih Al-Bukhari: v 8, p 128, Dar Al-Fikr
[4] . Sahih Muslim: 6/4, Dar Al-Fikr.
[5] . Musnad Ahmad: v 1, p 398, 406 / Musnad Abi Ya´li, v 8, p 444 e v 9, p 222 / Mu´jam Al-Kabir: v 10, p 158 / Musnad Ahmad, com pesquisa de Ahmad Mohammad Shaker: v 4, p 28 e 62, dito 3781 e 3859 / Tarikh Al-Kholafa´, p 17.