A mulher deve ser tratada como Deus a dotou, com direitos, como ser tratada como indivíduo, com o direito de possuir e dispor de seus próprios bens e ganhos, celebrar contratos, mesmo após o casamento. Ela tem o direito de ser educada e de trabalhar fora de casa, se assim o desejar. Ela tem o direito de herdar de seu pai, mãe e marido.
Mulheres no Islã
Numa época em que o resto do mundo, da Grécia e Roma à Índia e China, considerava as mulheres não melhores do que crianças ou mesmo escravas, sem quaisquer direitos, o Islã reconhecia a igualdade das mulheres com os homens em muitos aspectos. O Alcorão afirma:
“Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com elas convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Por certo que nisto há sinais para os sensatos.”[1]
O Profeta Mohammad (que a paz e as bênçãos estejam com ele) disse:
"O mais perfeito na fé entre os crentes é aquele que tem boas maneiras e é mais gentil com sua esposa."
Os muçulmanos acreditam que Adão e Eva foram criados da mesma alma. Ambos eram igualmente culpados de seu erro e queda da graça, e Deus perdoou ambos. Muitas mulheres no Islã tiveram status elevado; considere o fato de que a primeira pessoa a se converter ao Islã foi Khadijah, a esposa de Mohammad(s.a.a.s), a quem ele tanto amava quanto respeitava. Muitas das companheiras femininas realizaram grandes feitos e alcançaram fama, e ao longo da história islâmica houve estudiosos e juristas famosos e influentes.
Também podemos mencionar que, embora muitos no Ocidente critiquem o Islã em relação ao tratamento das mulheres, de fato, vários países muçulmanos tiveram governantes e presidentes mulheres. Para citar alguns: Turquia; Bangladesh e Paquistão.
Mulheres no Islã
No que diz respeito à educação, tanto as mulheres como os homens têm os mesmos direitos e obrigações. Isso fica claro no dizer do profeta Mohammad(s.a.a.s):
“Adquirir conhecimento é obrigatório para todo muçulmano e muçulmana”. [2]
A mulher deve ser tratada como Deus a dotou, com direitos, como ser tratada como indivíduo, com o direito de possuir e dispor de seus próprios bens e ganhos, celebrar contratos, mesmo após o casamento. Ela tem o direito de ser educada e de trabalhar fora de casa, se assim o desejar. Ela tem o direito de herdar de seu pai, mãe e marido. Um ponto muito interessante a ser observado é que no Islã, diferentemente de qualquer outra religião, uma mulher pode ser uma imam, uma líder de oração coletiva, para um grupo de mulheres.
Uma mulher muçulmana também tem obrigações. Todas as leis e regulamentos relativos à oração, jejum, caridade, peregrinação, boas ações, etc., aplicam-se às mulheres, embora com pequenas diferenças relacionadas principalmente à fisiologia feminina.
Antes do casamento, a mulher tem o direito de escolher o marido. A lei islâmica é muito rigorosa quanto à necessidade de ter o consentimento da mulher para o casamento. O noivo dá um dote de casamento à noiva para seu uso pessoal. Ela mantém seu próprio nome de família, em vez de ficar com o do marido. Como esposa, a mulher tem o direito de ser sustentada pelo marido, mesmo que já seja rica. Ela também tem o direito de pedir o divórcio e a guarda dos filhos pequenos. Ela não devolve o dote, exceto em algumas situações inusitadas.
Apesar do fato de que em muitos lugares e épocas as comunidades muçulmanas nem sempre aderiram a todos ou mesmo muitos dos precedentes na prática, o ideal existe há 1.400 anos, enquanto praticamente todas as outras grandes civilizações não começaram a abordar essas questões ou mudar suas atitudes negativas até os séculos 19 e 20, e ainda há muitas civilizações contemporâneas que ainda não o fizeram.
[1] Alcorão sagrado. C.30 V.21
[2] Al-Kafi (i-Islamiyyah), vol. 1, p. 30