O principal objetivo da revolta do Imam era proteger o Islã. Certamente, se aquele governo Yazid tivesse continuado, o Islã original teria sido completamente perdido, já que sob o nome de Religião todos os tipos de abusos e crimes foram cometidos. Foi o Imam Hussein quem, ao derramar seu sangue e o de sua família, expôs essa infâmia.
Por meio de seu sacrifício e martírio, ele ajudou a derrotar a opressão, a hipocrisia, a corrupção moral e a violação desavergonhada dos preceitos de Deus por Yazid e os omíadas.
O Imam Hussein (que a paz esteja com ele) fez um sermão eloqüente, visionário e comovente, no qual anunciou que partiria de Meca para o Iraque e convidou o povo a segui-lo neste sacrifício. A tradução dessa nobre arenga é a seguinte:
“Louvado seja Deus, seja o que for que Deus queira, não há força governante exceto pela vontade de Deus; paz, bênçãos de Deus estejam com Seu Mensageiro. A morte foi arranjada como algo necessário para os filhos de Adão, como o colar que as meninas usam no pescoço. Que saudade grande tenho de visitar os meus antepassados, a mesma saudade que Jacób o tinha de ver o José.
Um lugar foi designado para eu morrer e no qual irei descer.
É como se com meus próprios olhos eu visse como os lobos do deserto (exércitos de Kufa), em uma região entre Nawawis e Karbala, massacram nossos corpos, saciam suas barrigas famintas e enchem suas bolsas. Para o acontecimento escrito com a pena do destino, não há solução nem escape.
Nós, Ahlul Bayt, estamos satisfeitos e contentes com o que Deus está satisfeito, somos pacientes e perseverantes em face do desastre e Sua provação, e Ele nos recompensará com a recompensa de pacientes.
Jamais haverá separação entre o Profeta e seus filhos (descendentes) e eles estarão no Paraíso Supremo ao lado dele, pois seus olhos serão iluminados para eles e sua promessa também será realizada por meio deles. Qualquer um de vocês que estiver disposto a oferecer seu sangue por nossa causa, dar sua vida no caminho do martírio e do sacrifício para encontrar Deus, deixe-o vir comigo, eu começarei cedo amanhã, se Deus quiser. ”
O Imam sabia que não poderia ficar em Meca, porque seu assassinato seria inevitável se ele não cedesse à pressão e fizesse um pacto com Yazid. Portanto, no dia 8 de Dhul Hijjah, ele partiu em frente de sua caravana para Kufa (Iraque), mas o governador de Meca quis impedi-lo de partir.
O mesmo acontecera com ele em Medina. Então, ele ignorou as ameaças e continuou seu caminho, embora os soldados quisessem bloquear seu caminho.
Com essa atitude determinada e firme, o imã quis evitar um ataque dos soldados do governador, pois o derramamento de sangue iria contra o mandato divino. Eles estavam no mês Dhul Hijjah, que é um mês em que é proibido lutar e ferir ou matar outras pessoas. Ao mesmo tempo, não é permitido sujar a Mesquita Al Haram com nenhum ato de violência, porque ali está a Kabba, a Casa de Deus. Além dessas razões, o Imam foi obrigado a atender ao convite que o povo de Kufa lhe fizera por meio de inúmeras cartas;
Nelas ofereceram-lhe de forma irrestrita toda a ajuda e o acompanhamento necessário para levar a cabo a luta contra a tirania do governo omíada, que era a verdadeira razão pela qual o Imam se dirigia para o Iraque.
O principal objetivo da revolta do Imam era proteger o Islã. Certamente, se aquele governo Yazid tivesse continuado, o Islã original teria sido completamente perdido, já que sob o nome da Religião todos os tipos de abusos e crimes foram cometidos. Foi o Imam Hussein quem, ao derramar seu sangue e o de sua família, expôs essa infâmia. Por meio de seu sacrifício e martírio, ele ajudou a derrotar a opressão, a hipocrisia, a corrupção moral e a violação desavergonhada dos preceitos de Deus por Yazid e os omíadas.