A base dos direitos humanos segundo o ponto de vista ocidental é a coexistência pacífica através da paz, a liberdade e a justiça nas comunidades humanas. A liberdade dos seres humanos e o respeito pelos direitos do homem e por sua categoria, sem considerar fatores acessórios como a raça, a língua, o cor ou a nacionalidade, são exatamente o que se considera no Islã quando se avalia o mérito e o valor do homem. O Islã reconhece os princípios e os modelos dos direitos humanos, e nenhuma contradição fundamental pode ser encontrada nos conceitos e nas declarações desses direitos.
O sistema dos direitos humanos e as liberdades públicas, na visão do Islã, está muito conectado ao conceito da natureza essencial do homem. Imam Khomeini considera a natureza divina como fonte da liberdade. Acreditar na grandeza e no poder de Deus permite que a ideia de liberdade seja formulada na mente de cada muçulmano e inibe nele a tendência de abusar de outros seres humanos. Eruditos ocidentais que pensam no homem como uma criatura material, comparando-o a uma "máquina", não podem deixar de negar a natureza divina do homem, e é por isso que na Declaração Universal de Direitos Humanos, em lugar da natureza divina do homem apenas "natureza humana "é enfatizada.
A base dos direitos humanos segundo o ponto de vista ocidental é a coexistência pacífica através da paz, a liberdade e a justiça nas comunidades humanas; e, claro, ninguém duvida da conveniência desses assuntos. No entanto, como pode ser visto, não basta apenas enunciá-los - ainda que recorramos a sentimentos humanos naturais - para que esses princípios se tornem essenciais, porque eles não satisfazem as reais necessidades dos seres humanos. Posar um mundo que todos os indivíduos se considerem membros de uma família não é suficiente, visto que tal afirmação deve estar subordinada a algo mais sublime.
Como ficou claramente demonstrado aqui, não há dúvida sobre a importância dos direitos humanos e da existência dos direitos inerentes e naturais de seres humanos. Por outro lado, esses direitos são tão sublimes e essenciais que os esforços humanos para esclarecê-los e demonstrá-los são insuficientes: só as palavras divinas e a metafísica podem fazer justiça sobre esta questão.
A liberdade dos seres humanos e o respeito pelos direitos do homem e por sua categoria, sem considerar fatores acessórios como a raça, a língua, o cor ou a nacionalidade, são exatamente o que se considera no Islã quando se avalia o mérito e o valor do homem: a filosofia da missão profética e particularmente a do Nobre Profeta do Islã (S.A.A.S) foi difundida antes de tudo a fim de libertar o homem de tais cadeias, lembrando-o de sua própria dignidade intrínseca, e a honra e respeito devidos à condição humana.
Portanto, é evidente que o Islã reconhece os princípios e os modelos dos direitos humanos, e nenhuma contradição fundamental pode ser encontrada nos conceitos e nas declarações desses direitos. No entanto, algumas das discussões incluídas na Declaração Universal, nas quais conceitos e pensamentos religiosos são ignorados, não são aceitas. A recuperação da dignidade inata do homem e a conquista de direitos e liberdades essenciais é o objetivo do Islã. Vários versículos do Alcorão demonstram esta verdade: “Enobrecemos os filhos de Adão e os conduzimos pela terra e pelo mar;”[1] Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado”[2].
[1] Alcorão sagrado. C.17, V.70.
[2] Alcorão sagrado. C.49, V.13.