COMO SE CONSTITUÍRAM OS XIITAS? III

23:33 - 2022/07/16

O Hadith al-Ghadir é narrado plenamente tanto nas obras dossunitas como nas dos xiitas. Certos investigadores do assunto fizeram um levantamento dos narradores deste hadith e tiveram como resultado mais de cemCompanheiros do Profeta (S.A.A.S.), mais de oitenta da segunda geração e por volta de sessenta memorizadores e especialistas na tradição proféticado segundo século da Hijra.

COMO NASCEU O XIISMO

Quanto ao principal exemplo da Tradição Profética a respeito à Autoridade dos Ahlul Bait (A.S.), em matéria de ação diretiva e social, o Hadith al-Ghadir, que At-Tabari relatou segundo uma cadeia de transmissão cuja autenticidade é admitida de modo unânime e que remonta até Zaid ibn Arqam, diz a propósito disso:

   “Ó Povo, me aproximo do momento em que serei chamado e em que deverei responder a este chamado. Eu tenho uma responsabilidade e vós tendes outra. O que pois, tendes a dizer? “Testemunhamos que tu transmitiste a Mensagem, que cumpriste com tua luta missionária e comunicaste teus ensinamentos. Que Deus te recompense da melhor maneira”. Disseram os crentes. “Não testemunhais que não há divindade senão Deus, que Mohammad é seu servo emensageiro, que seu paraíso é verdadeiro, que a morte é verdadeira, quea ressurreição depois da morte é verdadeira e que a Hora virá sem falta, em que Deus ressucitará aos que estarão nas tumbas? “Eleos perguntou. “Sim”. Responderam eles. Ele então disse: “Ó Povo!Deus é meu Soberano e eu sou soberano dos fiéis, de quem sou maisresponsável que eles mesmos. Assim, daquele a quem sousoberano, este (Ali) é igualmente seu soberano. Deus apóia a quem o apóia e é inimigo de quem é seu inimigo.”

O Hadith al-Ghadir é narrado plenamente tanto nas obras dossunitas como nas dos xiitas. Certos investigadores do assunto fizeram um levantamento dos narradores deste hadith e tiveram como resultado mais de cemCompanheiros do Profeta (S.A.A.S.), mais de oitenta da segunda geração e por volta de sessenta memorizadores e especialistas na tradição proféticado segundo século da Hijra.

 Deste modo, estes duas nobres tradições proféticas, como muitos outros similares, consagraram as duas autoridades dos Ahlul Bait  (A.S.). Acorrente Islâmica adepta dos Mandamentos Proféticos acatou estas tradi- ções e creu por conseguinte, nas duas autoridades citadas. Esta é a corrente dos Muçulmanos partidários dos Ahlul Bait (A.S.).

Ressaltemos que, se a autoridade diretiva e social de cada Imam (A.S.) tem um caráter temporal, já que está limitada à duração de sua vida, e traduzida pelo exercício do poder durante este tempo, a autoridade intelectual é uma verdade constante e absoluta que não tem limites temporais, e que este fato se reveste de uma significação prática e vitalícia, o que é absolutamente normal, já que os seguidores têm necessidade de uma compreensão precisa do Islam e do conhecimento de seus juízos, quanto ao que seja lícito e que, seja ilícito, de suas concepções e valores, também têm necessidade de uma autoridade determinada por Deus e representada por:

  1. O Livro de Deus.
    2) A Tradição ou Sunnah do Profeta e da sua Ahlul Bait (A.S.), a qual é inseparável do Livro, como disse o Profeta no relato acima citado.

 Quanto à outra corrente dos Muçulmanos, a qual se inclinou para o “ijtihad” em lugar do culto ao texto, decidiu desde o falecimento do Profeta (S.A.A.S.), confiar a autoridade diretiva, encarregada de exercer o poder, a homens escolhidos dentre os Mohajerin, segundo bases transitórias, flexíveis e variáveis. Desta maneira, Abu Bakr foi levado ao Poder, imediatamente após a morte do Mensageiro (S.A.A.S.), depois de uma delibera- ção limitada ao Conselho de Saquifa. E finalmente, Othman sucedeu a Omar graças a um testamento deste que, o designava indiretamente ao califado. Assim, esta flexibilidade nas regras de acesso à liderança resultou, um terço de século depois da morte do Profeta (S.A.A.S.), na infiltração dos “filhos dos libertos” (chamados assim já que os politeístas de Meca haviam sido presos quando da conquista da cidade, e depois postos em liberdade pelo Profeta (S.A.A.S.)) que até a pouco tempo antes haviam combatido o Islam nos centros do Poder.

Havendo sido confinada a autoridade diretiva dos Ahlul Bait (A.S.) em razão do ijtihad, era difícil deixar em suas mãos a autoridade como Imam (guia) espiritual e autoridade ideológica, pois isto os teria permitido encontrar as condições objetivas que lhes conduziriam ao poder, e assim, reunir as duas autoridades. Por outro lado, era igualmente difícil conferir a autoridade intelectual ao Califa que exercia o poder, dado que as exigências daquela diferem das exigências do exercício do poder.
Na verdade, reconhecer a competência de alguém para dirigir o poder político e aplicar as leis, não significa em nenhum caso que se lhe admita ao mesmo tempo, como Imam espiritual e autoridade ideológica suprema (em matéria de conhecimento da teoria Islâmica), depois do Alcorão e da Tradição Profética.
De fato, esta liderança espiritual e ideológica (Imamato) exige um alto grau de cultura, de conhecimentos gerais e de assimilação da teoria. Pois bem, é evidente que ninguém entre os Companheiros (exceto os próprios Ahlul Bait (A.S.)) poderia pretendê-la a título individual.
Em razão disso, a balança da autoridade espiritual permanecia oscilante. Durante um longo tempo os califas continuaram tratando Ali (A.S.) na qualidade de Imam Espiritual. Por isso, o segundo Califa, Omar, repetiu várias vezes: “Sem Ali, Omar teria perecido. Que Deus não me confronte a um problema no qual não haja Abul Hassan (Ali) para resolvê-lo”.

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