Provas do Imamato de Imam Mahdi III

11:00 - 2022/08/04

A infalibilidade é uma condição pessoal e algo escondido da visão comum, e ninguém sabe disso exceto o Todo-Poderoso Allah, e aquele cujo conhecimento Allah o inspirou

Provas do Imamato

Provas do Imamato de Sua Eminência, Hujjat bin al-Hasan al-Askari (aj) III

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Então, meu mestre, Sua Eminência, Abu Muhammad Hadi (as) olhou para mim e perguntou: “Que surpresa que você veio até aqui” Eu disse: “Ahmad bin Ishaq me encorajou a vir conhecê-lo”. Ele perguntou: “O que aconteceu com as perguntas que você queria fazer?” Eu disse: “Elas ainda estão sem resposta, meu mestre.” Ele disse: “Peça o que quiser do meu filho mais querido”. E ele gesticulou para a criança. Eu perguntei: “Ó, nosso mestre, e filho do mestre, foi narrado a nós que o Sagrado Profeta (saws) havia dado Amirul Momineen (as) o direito de divorciar suas esposas. Portanto, no dia de Jamal ele enviou mensagem para Ayesha, sobre os estragos que ela causou ao Islam e aos muçulmanos (tirando proveito de sua posição), e que ela de maneira ignorante “condenou seus filhos à perdição. Assim, se você não se abstiver de seu ato eu vou me divorciar de você”.

“Diga-me, meu mestre, qual é o significado do divórcio aqui? Que o Mensageiro de Allah (saws) deixou a critério de Amirul Momineen (as)?” 

Ele respondeu: “O Deus Todo-Poderoso, santificado seja o Seu nome, deu um status exaltado às esposas dos Profeta e deu-lhes a honra de serem mães de fiéis. Assim, o Mensageiro de Allah (saws) disse a Amirul Momineen (as): ‘Ó Abal Hasan, este status é válido para elas enquanto permanecerem na obediência do Deus Todo-Poderoso. Mas se qualquer uma delas desobedece a Allah depois de mim, e se voltar contra você, tire-a de sua condição de esposa e tire seu status de maternidade dos fiéis.”

Então perguntei: “O que é obscenidade aberta? Que se a esposa cometer, o marido tem o direito de expulsá-la de sua casa, mesmo durante a menstruação?” Ele respondeu: “É Musahiqa, e se ela cometer Musahiqa, é obrigatório que ela seja apedrejada e ser apedrejada é uma desgraça para quem Allah ordenou o apedrejamento, pois Ele desgraçou essa pessoa”. 

Então eu perguntei: “Ó filho do Profeta, fale-me sobre a declaração do Deus Todo-Poderoso ao Seu Profeta Musa (as) que: “Portanto, tire os sapatos; com certeza você está no vale sagrado, Tuwa”. É verdade que estudiosos das duas seitas consideram que os sapatos de Musa (as) eram feitos de pele de animal morto?” Ele respondeu: “Quem diz isso fez uma falsa alegação contra Sua Eminência, Musa (as) e o considera ignorante em sua missão profética, porque implica uma de duas possibilidades, e cada uma delas é um erro; ou a oração com sapatos era permitida, então são puros. E se a oração com sapatos não era permitida, então Sua Eminência, Musa (as) falhou em discriminar entre lícito e ilícito, e isso é infidelidade.” 

Eu disse: “Então, meu mestre, diga-me a exegese deste versículo.” Ele respondeu: “Sua Eminência, estava no sagrado vale quando ele disse: “Ó, meu Senhor, fiz meu amor sincero a Ti, e lavei meu coração de tudo menos você”. Mas Musa era muito apegado à sua família. Então, o Todo-Poderoso Allah disse dele: “Portanto, tire os sapatos...” - Se o seu amor por mim é sincero e seu coração está desprovido de inclinação por outro, remova então, até mesmo, o amor de sua família de seu coração.” 

“Por favor, diga-me, qual é a interpretação do versículo Kaaf Ha Ya Ain Saad?” Ele respondeu: “Estas letras tem significado invisíveis que o Deus Todo-Poderoso transmitiu a Seu servo, Zakariya. Então, Ele contou a história a Muhammad (saws).”
“Foi quando Zakariya implorou a seu Senhor que Ele ensinasse os nomes dos cinco sagrados), o Todo-Poderoso enviou Jibril a ele, e ele lhe ensinou seus nomes. Assim, sempre que Zakariya os mencionava (se lembrava dos) os nomes de Muhammad, 'Ali, Fatima, Hasan (as), sua tristeza costumava ir embora, mas sempre que ele pensava em Husain (as), uma dor terrível costumava afetá-lo e ele ficava surpreso por isso ser assim. Assim um dia ele orou ao Todo-Poderoso: “Ó meu Deus, como é que quando me lembro dos quatro nomes eu obtenho paz, mas quando penso em Husain, lágrimas escorrem dos meus olhos e começo a chorar?” Allah, o Poderoso e o Altíssimo o informou sobre a tragédia do Imam Husain (as) e disse-lhe sobre Kaaf Ha Ya Ain Saad: Kaaf é para Karbala, Ha é para Halakat (ser morto) dentre a 'Itrat' (progênie) do Sagrado Profeta (saws), Ya é para Yazid que oprimiria Husain (as), Ain denota a 'Atash' (sede) de Husain (as) e Saad indica 'Sabr' (paciência e perseverança).”

“Assim, quando Zakariya ouviu isso, ele não deixou o Masjid por três dias e não permitiu que falassem com ele, e continuou a chorar e lamentar. Ele lamentou por Husain (as) e orou a Allah: ‘Meu Deus, cuide e faça o melhor por Sua criatura, em luto por seu filho? Ó, Senhor, o que é essa tremenda tragédia que abaterá sobre ele? Meu Deus, 'Ali e Fátima colocarão roupas de luto? Será que o choque dessa calamidade chegará a Sua morada?’ Então ele disse: ‘Dê-me um filho para que eu possa ser satisfeito na minha velhice e que seu amor afete meu coração. Depois disso, faça-me ficar em estado de luto, assim como fará Muhammad, Seu amado, ficar também. Então, o Todo-Poderoso Allah deu a ele Yahya, e mais tarde seu martírio o magoou muito. E o período da gravidez de Yahya foi de seis meses, como no caso de Husain (as).”

Então eu perguntei: “Ó meu mestre, por que as pessoas não podem escolher o Imam por si mesmas?” Ele respondeu: “Um Imam Justo ou um Imam corrupto?” Eu disse: “Justo”. Ele disse: “Existe a possibilidade de eles escolherem um transgressor, pois não sabem o que se passa em sua mente, se é justo ou corrupto”. 

“Sim”, eu disse. Ele disse: “Essa é a razão pela qual vou explicar a você um argumento lógico.” 
Eu disse: “Por favor, faça.” Ele disse: “Consideremos os profetas que o Todo-Poderoso Allah designou, sobre os quais Ele revelou escrituras celestiais e apoiou-as com milagres e infalibilidade. Eles eram os líderes de nações, como Musa e Isa. Apesar de ter conhecimento e visão sábia, como podem estar propensos a selecionar hipócritas considerando-os crentes?” 

O Imam disse: “Sua Eminência, Musa Kalimullah, apesar de ter conhecimento e receber revelações, ele escolheu setenta pessoas entre os mais velhos da comunidade, e aqueles que estavam na vanguarda de seu exército; de cuja sinceridade ele tinha certeza, e sobre quem ele não tinha dúvidas; mas na verdade, ele havia escolhido hipócritas. Allah, o Poderoso e Altíssimo diz: “E Musa escolheu de seu povo setenta homens para Nossa nomeação...” (Surah Araaf 7: 155)

Então ele disse: “Ó Saad, seus oponentes afirmam que o Sagrado Profeta (saws) levou consigo o escolhido desta Ummah para a caverna, pois ele estava com medo e preocupado com sua segurança pessoal, porque sabia que seria o califa da Ummah depois dele. E a necessidade de se esconder na caverna surgiu porque ele o levou junto. Quanto a 'Ali (as), ele (saws) o fez dormir em sua cama, pois sabia que o vácuo criado pela morte de Abu Bakr não seria o mesmo devido à morte de 'Ali, porque havia outros que poderiam preencher seu lugar. Você pode responder perguntando a ele se você não tem a crença de que o Sagrado Profeta (saws) disse: ‘Depois de mim, o califado será por trinta anos. E ele se aplica aos mandatos das quatro pessoas, Abu Bakr, Umar, Uthman e 'Ali (as)’. O oponente terá que concordar. Diga a ele que se isso está correto, por que ele levou apenas um califa, Abu Bakr, para a caverna, deixando os outros três? Isso então mostra que o Profeta os considerava sem importância, uma vez que era necessário que ele agisse com todos eles como fez com Abu Bakr. Uma vez que ele não fez isso, ele considerou seus direitos sem importância e os discriminou em sua bondade para com eles, pois era necessário para ele ter a mesma preocupação por todos eles.”

E quanto à pergunta do seu oponente: “Esses dois aceitaram o Islam voluntariamente ou não?” Você deve responder: “Foi devido à ganância. Porque costumavam sentar-se na companhia de judeus e sabiam da proclamação e da vitória de Muhammad (saws) sobre os árabes. Os judeus os informaram sobre as profecias do Antigo Testamento e das escrituras antigas. Eles disseram que seu domínio sobre os árabes seria semelhante ao de Nabucodonosor em Bani Israel, exceto que ele reivindicaria a profecia, embora na verdade não acreditavam que ele era profeta. Assim, quando a proclamação do Mensageiro de Allah (saws) foi feita, eles o ajudaram no testemunho de ‘Não há deus exceto Allah e Muhammad é o Mensageiro de Allah’ com a gananciosa intenção de que quando as circunstâncias fossem propícias e seus negócios estivessem em ordem, eles também seriam capazes de obter sua representação e autoridade. Mas quando eles perderam a esperança de obter o governo de Sua Eminência, eles se juntaram a outras pessoas com a mesma visão, na noite de Uqbah, para assustar o camelo do Profeta (saws) e derrubá-lo, matando-o. Eles cobriram o rosto como os outros, mas o Deus Todo-Poderoso manteve Seu Profeta a salvo de suas tramas e eles não puderam prejudicá-lo. Esses dois eram como Talha e Zubair, que vieram e prometeram lealdade a 'Ali (as), cobiçando governar uma província. Mas quando eles se desesperaram, eles quebraram o juramento e se rebelaram contra Sua Eminência até que encontram o destino daqueles que quebram promessas de lealdade.”

Quando a conversa chegou a este ponto, nosso mestre, Imam Hasan bin 'Ali (as) levantou-se para orar. Qa'im
(as) o acompanhou, e eu deixei a companhia deles e saí procurando por Ahmad bin Ishaq. Eu o vi vindo até mim chorando. Eu perguntei: “Por que você se atrasou? E por que você está chorando?” Ele respondeu: “Eu não tenho a vestimenta que meu mestre pediu.” Eu disse: “Não chore, vá e diga o Imam sobre isso.” 
Então ele entrou e voltou sorrindo e recitando Durood sobre Muhammad e Aale Muhammad. Eu perguntei: “O que aconteceu?” Ele respondeu: “Eu vi a vestimenta escondida sob os pés do meu mestre.” Portanto, louvamos a Allah, o Todo-Poderoso. 

Depois daquele dia, visitamos a casa de nosso mestre algumas vezes mais, mas não vi aquela criança com Sua Eminência novamente. Quando chegou a hora de me despedir, eu, Ahmad bin Ishaq e alguns de nossos correligionários procuramos Sua Eminência.

 

Continua...

Mikyal al Makarim VOL.1  - p 22 .24

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